Hoje: 22-11-2024
Página escrita por Rubem Queiroz Cobra
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Em seus livros O QI e a riqueza das nações, de 2002 (*), e O QI e a desigualdade global, de 2006 (**), Richard Lynn e Tatu Vanhanen mostram o QI médio das populações de cada país, comparam os resultados entre si, e concluem que ha uma forte correlação entre o QI médio dos povos e a riqueza das nações. Argumentam que os indivíduos mais inteligentes é que se tornam ricos e, por sua vez, os países cujos povos são ricos, obviamente serão também países ricos.
Sou levado a concordar com a premissa dos autores do livro QI e Desigualdade econômica, de que o QI alto está associado à riqueza. Mas lembro que os países mais desenvolvidos e de maior QI que eles citam são, quase todos, aqueles mesmos que provocaram guerras intermináveis, e revoluções sangrentas, colonizaram e venderam escravos.
Líderes inteligentes, mas pessoalmente imaturos, sem escrúpulos em enganar o povo para alcançar o poder, afetaram o mundo tragicamente. Suas ideologias utópicas e o seu fanatismo, sua ambição em anexar territórios, sua inteligência a serviço da corrupção, e sua insensibilidade aos direitos dos demais povos são óbvias indicações da sua falta de maturidade pessoal.
Para maior clareza da questão precisamos ter uma noção do que é o QI, do que é a maturidade mental, e igualmente do que é maturidade pessoal como eu as interpreto.
Quociente de Inteligência ou QI
A algumas décadas atrás, a avaliação do Quociente de Inteligência servia para reunir alunos de maior capacidade de aprendizado e lhes ministrar um ensino mais avançado. Na Psicologia Aplicada, o “QI” facilitava selecionar os mais aptos para uma função específica. Estas práticas foram consideradas indutoras de preconceito e passaram a sofrer restrições, o que não significa negar que haja diferenças de aptidão mental entre as pessoas.
A medida do QI foi inicialmente o quociente entre a idade mental do indivíduo – determinada através de testes psicológicos –, e sua idade de vida, o resultado multiplicado por 100. Uma criança precoce, que tivesse 8 anos mas com desempenho no teste próprio da idade de 10 anos, teria o QI de (10/8 x 100) 125.
Porém, esse cálculo, que era muito bom para revelar crianças bem dotadas, não se prestava para os adultos porque, a certa altura, a idade de vida naturalmente superava a idade mental, fazendo o QI baixar. Este problema levou a Psicometria a adotar, por volta do ano de 1940, um método matemático de uso comum na Estatística: a determinação das Medidas de Posição ditas “Separatrizes”, entre elas o Cêntil (ou Percentil, “p”).
Neste cálculo o aumento gradual de dificuldade das questões do teste guarda correspondência com o aumento do valor de 1 a 100 do percentil. O percentil médio de 50 corresponde ao ponto de dificuldade média que o indivíduo comum pode solucionar no teste. A este ponto médio é atribuído o QI 100. Quem alcança no teste 65p (15p acima da média 50) terá 115 de QI; 80p, QI 130; 95p, QI 145, etc. O que se sair mal no teste, com uma avaliação correspondente a 35p, por exemplo, estará 15p abaixo da média de 50p, ou seja,15p abaixo de 100, e terá QI 85; se estiver 30p abaixo, terá QI 70.
É curioso o fato de que o teste é validado pelos seus próprios resultados: ele só terá valor se, na sua aplicação a um grande grupo, a maioria das pessoas (em torno de 70%) de fato obtêm uma avaliação média de QI 100 ou próxima dela para mais ou para menos (entre QI 85 e QI 115). É necessário também que a distribuição das avaliações caiam em percentuais iguais, de um lado e de outro da mediana. Por exemplo, adotando-se um intervalo de 15 percentis, : 1% das avaliações no primeiro e no último intervalo; 2% no segundo e no penúltimo; 14% no terceiro e no antepenúltimo; 33% no intervalo à esquerda da mediana e 33% no intervalo à direita. Resultados assim dão uma curva assintótica regular em formato de sino (representa a distribuição gaussiana ou normal dos dados) em um gráfico cartesiano.
Outra mudança ocorreu também em relação às questões antes mais simples – levando-se em conta a rapidez das respostas –, que modernamente são mais críticas, envolvendo relações de maior complexidade, possibilitando medir com mais confiabilidade os QIs muito acima de 130 em crianças e adultos.
É de se esperar que, com o enorme progresso da neurologia nas últimas décadas, brevemente os testes baseados em questionários serão substituídos por medidas eletrônicas diretas que avaliem a capacidade associativa do cérebro por meio de computadores.
De acordo com os citados pesquisadores, Richard Lynn e Tatu Vanhanen, o QI médio do brasileiro alcança apenas 87p em relação ao QI médio mundial de 100 – incluídos, portanto, os países mais atrasados do mundo. Essa pontuação – que permite um afastamento negativo da média de pelo menos 10 pontos, colocará vários milhões de compatriotas nossos no limite da síndrome de Down.
Aceitar esses números significaria admitir que o brasileiro, com um QI tão baixo, não seria capaz de administrar seu próprio país, não teria cabeça para manter um sistema público de saúde, não teria cabeça para manter um sistema nacional de transportes, não teria cabeça para organizar um sistema judiciário e penitenciário eficaz, não teria cabeça para evitar enchentes em cidades ainda que estas estejam a mais de mil metros acima do nível do mar, não teria cabeça para manter e cultivar a própria língua, não teria cabeça para honrar a Pátria fora dos pódios esportivos e não teria cabeça nem para estacionar seu carro corretamente em uma vaga de estacionamento demarcado. Se o leitor achar que estas coisas de fato acontecem no Brasil, poderá então dar razão aos dois autores Richard Lynn e Tatu Vanhane.
Os dois pesquisadores citados têm sido muito criticados nos meios científicos, com reflexos em sites especializados da Internet. Intelectuais Sociólogos, psicólogos, economistas e filósofos de todo o mundo protestaram com veemência contra essa tese de diferença de inteligência entre povos e raças, fundamento do nazismo, ou que tal diferença seja a causa da riqueza ou pobreza entre as nações.
Porém, ainda não sei de protestos contra a posição em que aqueles cientistas colocaram o Brasil, atribuindo aos brasileiros o QI médio de somente 87 pontos, muito inferior aos 100 pontos do QI médio mundial que eles aferiram. A inteligência menor que atribuem aos brasileiros pode não ter fundamento; mas isto não impede que voltemos nossa atenção para essa questão.
Antes de sugerir e comentar providências que me parecem oportunas,vamos tentar distinguir referenciais de capacidade mental, mais abrangentes que o QI, considerando o que hoje a ciência sabe a respeito do cérebro.
A palavra “maturidade” é um substantivo abstrato, que nomeia uma condição de aptidão para um fim. Uma coisa que tem essa condição está madura, pronta, e a que não a desenvolveu suficientemente tem um índice ou grau de maturidade. Por analogia, maturidade mental refere-se a uma condição madura da competência do cérebro em atuar racionalmente em tudo que diz respeito ao comportamento humano.
É claro, nenhuma das teorias do passado sobre o comportamento poderia ter levado em conta aspectos físico-químicos das atividades mentais que somente nesta última década a ciência viria a demonstrar. Os filósofos supunham a existência unicamente de “faculdades do espírito” que o homem, por força de uma delas – a racionalidade –, deveria controlar.
Platão distingue como partes da alma a parte racional, a parte irascível e a parte concupiscente. Estas partes da alma nomeadas por ele são ainda hoje o ponto de partida clássico para o estudo do comportamento. As virtudes que lhes correspondem ainda constituem a base da filosofia moral.
Para os filósofos medievais, a alma, teria certas faculdades que lhe seriam imanentes: a inteligência, a vontade, o conhecimento e a memória, responsáveis diretamente pelo comportamento do homem. São Tomás analisa as relações entre o que chama “as duas grandes faculdades espirituais do homem”, a inteligência e a vontade, na Suma Theologica (1, Q. 82, art. 4, ad primum). O filósofo italiano Tommaso Campanella, na mesma linha de Santo Agostinho, afirmou que os homens e, em graus diferentes todos os outros seres, inclusive Deus, são constituídos por três “primalidades”: potestas, sapientia e amor (Mondolfo, 1954). E no início do século XX, Freud, a julgar pelo seu conhecimento da filosofia e do teatro grego, aproveitou e renomeou na Psicanálise como Ego, Superego e Id, as três partes atribuídas à alma pela teoria platônica.
A partir das novas descobertas da neurofisiologia há um novo entendimento sobre a “mente humana”. Para os filósofos dualistas, a mente (mind em inglês) é o local no qual se dá o amálgama corpo-espírito. Não importa o mistério aí envolvido, no interfacies da mente laboram juntos o cérebro e o espírito na criação dos objetos da consciência, dos nossos motívos, da nossa vontade, dos nossos sentimentos, de nossos impulsos para agir, etc
Essa nova visão da mente humana abre espaço para considerações metafísicas sobre quais faculdades do espírito servem como bases inalteráveis para às aptidões da mente e, simultaneamente, também considerações de ordem genética tais como a herança genética nas famílias e nos povos fazendo possível que existam diferentes graus de amadurecimento e eficiência, entre as pessoas e entre as nações.
Esta contribuição neurológica, sujeita a variações individuais, quando alcança sua completude, a mente está apta a governar o comportamento, o que consiste na maturidade mental:
Parece-me possível que existam – segundo essa nova abordagem –, quatro aptidões primárias da mente, as quais espelhariam atividades físicas do cérebro contrapostas a certas faculdades da alma já arguídas pelos filósofos.
I – o discernimento, que fundamenta o conhecimento, a racionalidade, o pensamento lógico e a sabedoria;
II – a determinação, que tira o ser da inércia e lhe dá ânimo em cada ação, grande ou pequena –, e fortaleza, e requer a liberdade;
III – a fome de domínio, que fundamenta a sociabilidade, é a base da concupiscência e de sua variante sexual;
IV – o sentir, que fundamenta a sensualidade e a sentimentalidade, esta última permitindo os sentimentos, figurando entre eles o de justiça
Não temos consciência dessas aptidões, mas conhecemos suas manifestações, que nos permitem avaliá-las. Elas alcançam níveis de desenvolvimento variáveis, maior em pessoas superdotadas, e menor a mínima no indivíduo mentalmente deficiente. Obviamente, não será “maduro” aquele indivíduo cujo comportamento é dominado por apenas uma ou por algumas dessas aptidões, por ausência ou deficiência das demais devido a um problema fisiológico.
Os testes de quociente de inteligência, QI, aos quais nos referimos antes, foram o primeiro instrumento para aferimento da capacidade mental do indivíduo. Porém acessava apenas parte das aptidões da mente, nomeadamente o “discernimento”, pois estavam focados na capacidade de discriminação e na racionalidade, e favoreciam grandemente as pessoas com grande aptidão para a matemática. As demais aptidões supunha-se que o indivíduo as teria bem desenvolvidas pelo fato de possuir um alto QI, o que provou ser um engano.
Ainda que possua suas aptidões da mente todas bem desenvolvidas, ainda resta alguma coisa a conquistar para a total maturidade do indivíduo. Ele precisa de parâmetros racionais para a realização das aptidões da sua mente madura. São guias para sua Maturidade pessoal que se devem ao aprendizado, à experiência no confronto do indivíduo com seus semelhantes, e à necessidade de sua adaptação ao meio social com um ideal de aperfeiçoamento social.
Uma criança que tenha o seu grau de maturidade mental com todas as suas aptidões presentes, por força da primeira delas, o discernimento, e por volta dos sete anos de idade – segundo Jean Piaget –, alcança a racionalidade. Este é o ponto de partida da sua maturidade pessoal. Ela se tornará uma pessoa com uma personalidade madura, na medida em que possa controlar racionalmente suas inclinações naturais, e em quaisquer circunstâncias agir com a plenitude de uma assumida nobreza do ser humano (*). A pessoa que tem personalidade madura não tira valores apenas do que vê, cheira, toca, degusta e ouve, como um coelho, mas tira valores do que pensa.
Note-se, portanto, que são duas coisas distintas: a maturidade mental, que é a presença e a instrumentalização das aptidões mentais, e.a maturidade pessoal, que é como a pessoa é capaz de polir e aplicar os recursos mentais de que é dotada. Tanto uma quanto outra pode ser avaliada através de testes.
Obviamente, é grande o papel da Educação na moldagem da maturidade pessoal do indivíduo,ao nível máximo que possa permitir sua maturidade mental. A opinião comum possivelmente será que uma pessoa madura não mente, não comete qualquer falta anti-social; sabe sintetizar com inteligência o seu pensamento, tem opiniões que conciliam vários aspectos de uma questão; não é loquaz, não faz críticas violentas nem estabelece polêmicas; argumenta com serenidade e nunca está ociosa mas faz as coisas em tempo, com interesse e sem alarde; sabe comandar sem desrespeitar os subordinados; é amiga das pessoas de modo sincero e honra os vínculos estabelecidos com elas. Torna-se por isso alguém de quem todos falam bem e que se gabam de conhecer, e nunca está isolada. Ela induz nos outros o desejo de imitá-la, tanto nos seus modos, como na sua sensatez e objetividade. Tem um temperamento amável, como se fosse feliz por ser do modo que é, e seu agir maduro uma forma de prazer.
Também é óbvio que as falhas em sua maturidade mental tornarão mais difícil o aprendizado e a compreensão dos valores próprios da maturidade pessoal bem desenvolvida.
Para ilustrar esse meu pensamento, fiz o gráfico abaixo, onde as aptidões primárias da mente estão representadas pelo eixo central (1), do qual se abrem linhas indicando o despontar e a ampliação da maturidade mental na medida que essas aptidões primárias são instrumentalizadas através da Educação (2), e finalmente nasce a maturidade pessoal quando o indivíduo, mediante a observação, o raciocínio e a formação moral, descobre o alcance de suas aptidões e seu lugar na sociedade (3). Ilustra também o que se costuma chamar “mente estreita” ou “estreiteza de visão”, e “mente aberta” ou “indivíduo de muita visão”.
Se Piaget nos indica o idade em que surge o raciocínio lógico, o que tomo como indicativo da maturidade mental, Rousseau, no Émile, nos indica a idade de 15 anos como aquela em que o jovem se torna capaz de adquirir o aprendizado social, o que para mim corresponde ao início de seu amadurecimento pessoal.
Entre as nações devemos devemos os conflitos à falta de maturidades pessoal dos seus líderes e dos que se empolgam em segui-los. Na família e na sociedade devemos a desunião à imaturidade pessoal dos pais e parentes, dos chefes e dos colegas de trabalho.
Parece ser um traço comum aos tipos pessoalmente imaturos a pressa e a inconsequência no que fazem. Não aceitam alternativas ou soluções em que não levem vantagem. Mentem para fugir a responsabilidades. As ideias que têm lhes infundem uma autoconfiança e uma audácia que agravam seu desajustamento social. Ao volante são motoristas impulsivos, provocadores e atrevidos.
Alguns pessoalmente imaturos promovem uma pequena guerrilha anti-social ou anti-familiar, pondo em prática um certo script de vida e certos jogos de provocação, vitimando os que com ele, ou ela, convivem. Os livros de Eric Berne e Claude Steiner, nos quais esses autores divulgaram os fundamentos da Análise Transacional, são pródigos em exemplos desses papeis em que o imaturo se faz de vítima ou é o algoz.
A inteligência elevada associada à imaturidade pessoal indica uma maturidade mental atípica, incompleta, na qual apenas uma de suas facetas amadureceu algumas vezes até em grau maior de desenvolvimento que nos indivíduos pessoalmente maduros.
A população de todos os países se distribui em níveis variados de desenvolvimento mental.
- O nível da ausência de desenvolvimento mental, daqueles gravemente prejudicados em seu sistema neurológico.
- Um segundo nível de indivíduos deficientes mentais em que as aptidões da mente se desenvolveram a um nível que lhes permitem integrar-se, embora precariamente, no meio social, e alcançam, ai fim de uma assistência pedagógica especial, certro grau de desenvolvimento pessoal.
- Um terceiro nível de maturidade mental completa quanto à presença de todas as aptidões da mente, porém desenvolvidas mediocremente, cuja maturidade mental está abaixo da média da população. São os indivíduos que mais podem prejudicar a sociedade porque são tidos por pessoas normais, quando na verdade são incapazes de alcançar uma maturidade pessoal apreciável.
- Um quarto grupo em que a maturidade mental é falha, mas que se mostram inteligentes e capazes em uma de suas aptidões mentais, a ponto de se projetarem como gênios segundo essa aptidão específica. Tem maturidade pessoal prejudicada pela fraqueza das demais aptidões da mente o que prejudica sua maturidade pessoal. Por isso um grande matemático – com um alto QI – pode ser uma pessoa solitária, socialmente desajustada, excêntrica, assim como um grande estrategista ser um homem insensível e cruel. No entanto, esta maturidade apenas específica é a que move o mundo. Afinal, o mundo deve tanto as suas mazelas,quanto o seu progresso, a indivíduos que são bons em alguma coisa, e não à maturidade pessoal deles.
- O quinto grupo é daqueles cujo desenvolvimento mental é completo e normal, o que os deixa aptos a se tornarem bons cidadãos pelo modo como aprendem as lições da experiência e adquirem educação e cultura na escola.
- Um sexto grupo é o de indivíduos excepcionais, com uma alta maturidade mental e pessoal, capazes de liderar e de conduzir um país com inteligência.
É pensamento de vários psicólogos e pedagogos, com os quais me alinho, que se deve preocupar com a maturidade mental e com a maturidade pessoal (embora possam usar uma nomenclatura diferente), e não apenas com o QI, ainda que este seja medido com a introdução de quesitos relativos às outras aptidões da mente e não apenas ao pensamento lógico-matemático.
O que penso que se deveria fazer no Brasil é:
Primeiro, que se determine uma constância nacional na aplicação de testes das aptidões mentais e, separadamente, de testes para a maturidade pessoal, padronizados, e como parte da habilitação de candidatos a funções, a licenciamentos, etc. de modo a que um diagnóstico dos níveis de maturidade do brasileiro possam ser aferidos pelo menos por um período suficiente para essa avaliação.
Segundo, que sejam introduzidas nas escolas práticas com a finalidade de estimulação da maturidade mental. Como as aptidões da mente humana são genéticas, elas não dependem de aprendizado. Porém podem ser estimuladas.
Ao contrário do que muitos pensam e dizem, a educação clássica apenas beneficia os naturalmente bem dotados, e não irá melhorar muito a maturidade mental e os seus reflexos na maturidade pessoal do cidadão.
É para mim muito clara a necessidade de um programa para-eduacional com aplicação de técnicas de estimulação do desenvolvimento mental, para o desenvolvimento da maturidade pessoal.
Em escolas especiais para deficientes aplicam-se técnicas para melhorar o índice da maturidade mental inseridas no programa educacional. Foram criadas por cientistas famosos como, Pestalozzi, na Suíça (1746-1827), Claparède (1873-1940), Edouard Seguin (1812-1880) e Binet (1857-1911), na França, e Montessori, na Itália (1870-1952), entre outros. Com essas técnicas didáticas, na maioria dos casos algum progresso sempre é obtido. Mas é óbvio que para um programa que beneficiasse toda a população seria necessária a criação de técnicas de estimulação próprias para diferentes níveis de maturidade mental.
Creio que está para surgir uma “engenharia neural” – com técnicas de manipulação dos genes –, capaz de tratar a deficiência mental. Na data que escrevo esse texto, já está em curso o mapeamento do genoma das estruturas do cérebro humano, que amarrará as aptidões mentais aos genes. Por isso o setor de Saúde no Brasil e as Universidades deveriam acompanhar com atenção esse gênero de pesquisa e buscar desenvolve-la também no País.
Rubem Queiroz Cobra
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(*) IQ and the Wealth of Nations. Washington Summit Publishers Atlanta, Georgia, 2002)
(**) IQ and Global Inequality. Washington Summit Publishers Atlanta, Georgia, 2006.
Página lançada em 26-11-2008 como “Maturidade Mental e Maturidade pessoal”; revisada em 20-11-2011; revisada em 18-02-2015 para melhor distribuição da matéria e alteração do título.
Direitos reservados.
Para citar este texto: Cobra, Rubem Q. – O QI (Quociente de Inteligência) do brasileiro. Site www.cobra.pages.nom.br, Internet, Brasília, 2008.