Hoje: 22-12-2024
Página escrita por Rubem Queiroz Cobra
Site original: www.cobra.pages.nom.br
Escritor alemão autor de uma gigantesca produção literária. Escreveu principalmente poesias e peças de teatro.
Johann Wolfgang von Goethe, nasceu em 28 de agosto de 1749 em Frankfurt am Main (sobre o rio Meno), Alemanha, e faleceu em março de 1832, aos 82 anos, em Weimar. Filho mais velho de um advogado rico, Johan Kaspar Goethe, e de uma aristocrata de Frankfurt, Katharine Elizabeth Textor, teve, de acordo com sua autobiografia, uma infância cercada de estimulação e conforto, e recursos para uma juventude boêmia e tão emocionalmente febril que algumas vezes chegou a recear perder a razão. De seus sete irmãos, apenas sua irmã Cornélia, nascida em 1750, sobreviveu.
Durante a Guerra dos Sete Anos envolvendo a França, a Áustria e a Rússia de um lado, e do outro a Inglaterra e a Prússia, de complexos e inextricáveis motivos, aconteceu que tropas franceses ocuparam Frankfurt e seu comandante foi alojado na casa de Goethe, para desconforto da família e irritação de seu pai que não era simpático aos franceses. Dessa época Goethe guardava algumas lembranças desagradáveis, como a reprovação paterna por ele assistir ao teatro encenado por atores franceses e também pelo escândalo armado em torno de seu amor infantil por Gretchen, uma menina que tentou tirar vantagem da paixão do garoto com prejuízo para a família.
Sua instrução nos primeiros anos foi dada por seu pai, e depois continuada por mestres contratados como tutores. Em outubro de 1765, aos 16 anos, iniciou estudos de Direito na universidade de Leipzig, cidade da qual logo descobriu o lado boêmio e a qual considerava uma pequena Paris. Lá estudou também desenho, e desenvolveu interesse pela pintura.
Obcecado por sexo, Goethe tinha as mulheres como indispensáveis energizadoras do corpo, e civilizadoras do espírito do homem, e fonte de sua vida criativa. Em Leipzig Goethe apaixonou-se por Anna Katharina Schonkopf, filha de um comerciante de vinhos local. Escreveu Das Leipziger Liederbuch, inspirado nesse amor. Em 1768 retornou para casa em Frankfurt a fim de recuperar a saúde, debilitada pelos excessos da vida em Leipzig. Enquanto convalescia ocupou-se de leituras, introspecção religiosa, e experiências com alquimia e astrologia. Após sua recuperação os pais o enviaram a Strasbourg, capital da Alsácia, uma cidade que era francesa porem de forte cultura alemã, a fim de prosseguir seus estudos de Leis.
No inverno de 1770-1771 Goethe, já advogado, participa no movimento Sturm und Drang (“Tempestade e impetuosidade”) liderado por Johan Gottfried Herder, de quem se fizera amigo. Esse movimento, que teve curta duração, propunha um estilo novo na literatura e no teatro, com uma linguagem cheia de vitalidade primitiva, em contrastante com a afetação gentil de origem francesa própria da literatura de sua época. A peça Geschichte Gottfriedens von Berlichingen mit der eisernen Hand dramatisiert (“História de Gottfriedens von Berlichingen dramatizada com mão de ferro”) escrita de 1771-1773, e o seu poema Prometheus, que exorta o homem a acreditar, não nos deuses, mas em sua própria força, estão vazados nesse novo estilo de linguagem direta, no qual também escreve poemas para sua nova paixão, Frederica Brion, filha do pastor de Sessenheim, uma pequena vila cerca de 40 quilômetros a nordeste de Strasbourg, à margem da ferrovia para Lauterstein.
Após terminar o romance com Frederica, Goethe retornou a Frankfurt onde, de 1771 a 72, advogou, escreveu poesia e teatro, e colaborou no Frankfurter Gelehrte Anzeigen. Por força do seu trabalho jurídico, passou quatro meses em Wetzlar, sede da corte de justiça imperial. Enquanto advogou em Wetzlar, ainda em 1772, enamorou-se de Charlotte Buff, a noiva de um colega, uma paixão que quase o levou ao suicídio.
Em 1774, Goethe mudou-se para Wetzlar onde escreveu versos ainda sob a influência dos antigos, imitando a Píndaro, poeta grego, e dedicados às suas paixões do momento. No mesmo ano publicou sua primeira história auto-reveladora, Die Leiden des Jungen Werthers (“As desventuras do jovem Werther ”) contando seu desesperado amor por Charlotte Buff. O personagem Werther, que comete suicídio, torna-se o protótipo do herói romântico. Curou-se com outra paixão, desta vez por Maximiliane von La Roche, filha da escritora Sophie von La Roche.
Uma nova paixão inspiradora desenvolveu em 1775 o levou a noivar com Lili Schonemann, que vivia com a mãe, viuva de um rico banqueiro de Frankfurt e figura da elite social da cidade. Lili o inspirou a escrever duas operetas Erwin und Elmire e Claudine von Villa Bella. O pouco interesse em participar do círculo da aristocracia local fez arrefecer sua paixão e o levou a romper o noivado.
Ainda em 1775, ano de muitos eventos em sua vida, Goethe fez uma viagem à Suíça com os amigos Conde von Haugwitz e Friedrich Leopold, Conde de Stolberg, este um ano mais moço que ele e acabara de completar seus estudos na universidade. Neste ano escreveu também Stella, a história de um homem, Fernando, que encontra um modo de conciliação entre sua mulher Cecília e sua amante Stella: viverem juntos os três. A peça provocou protestos e Goethe viu-se obrigado a modificar a solução dada, promovendo o suicídio de dois personagens da trama.
Em fins de 1774, Carlos Augusto, jovem duque de Saxe-Weimar-Eiisenach, havia passado por Frankfurt a caminho de Paris e convidara o poeta para visitar Weimar, a capital do ducado. Em 1775, depois de herdar o governo do Ducado, o príncipe repetiu o convite e Goethe aceitou. No mesmo ano mudou-se para Weimar, disposto a viver os prazeres da corte. Em pouco tempo a população o acusava de desencaminhar o príncipe, que reagiu fazendo o poeta comprometer-se com setores do governo que deixou a seu cargo. Era parte de seu trabalho, como ministro do pequeno principado, inspecionar minas, supervisionar a irrigação do solo, providenciar uniformes para a pequena milícia, e outros serviços administrativos.
Os duros afazeres de seu cargo obrigaram-no a deixar de lado obras já iniciadas, como Egmont, Faust, Torquato Tasso e Iphigenie auf Tauris. Mas não o distraíram de sua obsessão pelas mulheres. Seu grande amor na época foi Charlotte von Stein, mulher de outro funcionário palaciano. Frau von Stein dominou a vida do poeta por 12 anos, “O belo talismã de minha vida”, como ele próprio a chamava, mulher de gosto refinado, era mais velha que ele 7 anos, e mãe de sete filhos. Ele a conheceu quando tinha 26 anos e ela 33 e chegou a escrever-lhe mais de 1.500 cartas.. Esta paixão inspirou o Die Geschwister e outros poemas.
Em 1777 perdeu sua irmã Cornélia, falecida com apenas 27 anos.
Por volta de 1780 já era fanado o movimento Sturm und drang e Goethe havia retornado ao humanismo clássico. Então, juntamente com Herder, foi membro da sociedade secreta os Illuminati, a qual, a partir de 1780 foi conhecida como “Maçonaria Iluminada”, alcançou grande prestígio entre as elites européias, sendo extinta pelo governo da Bavária, que instituiu em 1787 pena de morte para os membros recalcitrantes.
No outono de 1786, Goethe decidiu sacudir o jugo de seu cargo e viajou subitamente para a Itália. Estava no famoso balneário de águas quentes de Karlovy Vary, mais conhecido pelo nome alemão de Karlsbad (hoje na República Checa), quando escapou numa diligência postal levando consigo, além da roupa do corpo, apenas um bornal. Adotou um nome falso e passou incógnito por Munich, Brenner, Lago di Garda, Verona e Veneza. Em Roma, encontrou a colônia de artistas alemães que o recebeu com grande simpatia, ele próprio passando por pintor. No ano seguinte viajou a Nápoles e Sicília.
Desistindo da pintura, ainda em Roma voltou à literatura. Escreveu a peça dramática Iphigenie Auf Tauris (“Ifigênia na Táurida”), concluída em Roma em 1787. Publicaria posteriormente o diário da sua estada na Itália, sob o título Italianische Reise (“Viagem Italiana”).
É de 1788 Egmont, tragédia de fundo político, em 5 atos, que se passa em meados do século XVI e que tem por cenário a luta dos holandeses contra o domínio espanhol. Egmont, que acaba traído, preso e condenado à morte, quer a liberdade por via negociada. O príncipe Guilherme de Orange, seu amigo, quer a luta armada. Ao ver o fim que esperava Egmont, sua amante Clarinda comete o suicídio.
De sua viagem à Itália, que findou em 1788, o principal produto foi Romische Elegien (“Elegias romanas”) poemas sensuais escritos de 1788 a 1789, nos quais admira os vestígios da Antigüidade clássica e louva os antigos. Estava então amasiado com Christiane Vulpis, filha de um funcionário humilde do ducado. Com Christiane ele montou um lar depois que ela lhe deu o filho August, o mais velho e único sobrevivente de 5 crianças, mas somente se casaram em 1806. Até seu casamento apresentou a jovem Christiane como governanta de sua casa.
Em Weimar, uma das poucas casas que aceitavam receber Goethe e Christiane era a de frau Schopenhauer, mulher que, deixada viuva, adotara o amor livre e atraia a boemia de Waimar. Sempre censurada pelo filho, o filosofo Arthur Schopenhauer, que repudiava seu modo de vida, brigou com ele para nunca mais se verem.
É de 1790 a peça teatral Torquato Tasso, que aborda as dificuldades da linguagem e o problema do conflito entre o compromisso social do poeta e de como preservar sua individualidade.
Friedrich von Schiller (1759-1805), outra importante figura da literatura alemã, passa a residir em Weimar em 1794 e se torna grande amigo de Goethe. As cartas trocadas por ambos encheram quatro volumes impressos. Schiller estimulou-o a continuar a escrever o Fausto, do qual Goethe havia publicado a primeira parte em 1790. Nos anos seguintes Goethe contribuiu para o jornal de Schiller Die Horen, publicou Wilhelm Meisters Lehrjahre em 1795-96, e continuou a escrever em seu próprio jornal literário Propyläen.
Já sem os seus compromissos no governo de Weimar, Goethe continuou porém diretor do teatro da corte até 1817. Também acompanhou o Duque Garlos Augusto na campanha de 1792 em território francês, que culminou com a batalha de Valmy, um desastre que ele narra em duas obras Campagne in Frankreich-1792 e Belagerung von Mainz. A idéia das forças austro-prussianas era restaurar no trono Luiz XVI, deposto pela Revolução Francesa e cujo fado estava para ser a morte na guilhotina pouco depois.
Goethe dedicou-se em 1795 e o ano seguinte ao romance Wilhelm Meisters Lehrjahre (“Os anos de aprendiz de Wilhelm Meister”), que segue o mesmo tema da relação do homem com a sociedade abordado em Torquato de Tasso, com a exortação de que o homem deve se descobrir a si mesmo em meio aos diversos encargos e provas da vida em sociedade,
Em 1803 para ajudar seu amigo o médico, poeta e filósofo Schelling, empenhou-se no caso do divórcio da escritora Carolina Schlegel, que separou-se de Augusto Wilhelm von Schlegel, um intelectual professor na Universidade de Jena, para casar-se com Schelling em 1803. Com seu prestígio pessoal, interferiu também para que Hegel fosse nomeado professor extraordinário da universidade de Berlim em 1805. A morte de Schiller, no mesmo ano, o deixou abalado e em sua homenagem escreveu Epilog zu Schillers Glocke.
Em 1806 Weimar foi invadida pelos franceses e o medo do que podia acontecer a seus bens levou Goethe a casar-se com Christiane Vulpius. A ela devia os cuidados e a dedicação que lhe salvaram a vida naquele ano, quando esteve gravemente doente.
Napoleão, ao invadir a Alemanha em 1808, quis ver o escritor, em cujo nome só se falava. Goethe foi ao seu encontro no Congresso de Erfurt,, e foi por ele condecorado com a grande cruz da Legião de Honra.
Em 1808 Goethe publicou a primeira parte do seu longamente preparado Fausto. Nesta primeira parte, o demônio, Mefistófeles, obtém permissão nos céus para tentar Fausto, um intelectual desiludido com o mundo. Em seu gabinete, Fausto medita sobre sua existência e o sentido da vida, que não consegue desvendar; e pensa em suicídio. O demônio se apresenta e lhe propõe: acompanhá-lo em sua vida terrena, em troca de sua alma, no além. Fausto é levado a conhecer Gretchen, uma jovem angelical por quem se apaixona. Um sonífero dado à mãe da moça possibilita que Fausto passe a noite com ela e a engravide. Ao tomar conhecimento dos fatos, Valentim, irmão de Gretchen, briga com Fausto que acaba por matá-lo e fugir. Desesperada Gretchen escuta a voz incriminadora de sua consciência e mata a criança. Mais tarde Fausto encontra Gretchen louca e encarcerada para ser executada.
Seu biógrafo mais recente, Daniel Wilson, informa que Goethe, como conselheiro em Weimar, havia recomendado por escrito a pena de morte para os casos de infanticídio. Outros membros do conselho do Ducado fizeram coro com ele, resultando a condenação e execução de Anna Catharina Hoehne por esse crime, em 1783.
É sabido que a ideia original do Fausto não é uma criação de Goethe. O escritor alemão dramatizou um relato histórico sobre um verdadeiro Fausto, que viveu na Alemanha no final do século XVI. Era um mágico, astrólogo e alquimista, que andava pelo país gabando-se de poder predizer o futuro e explorando a credulidade do povo ignorante e supersticioso, e dele se dizia que tinha parte com o demônio. Uma das testemunhas da sua existência foi Agrippa von Nettesheim. Segundo um crítico de Goethe, a história do verdadeiro Fausto foi contada primeiro por Christopher Marlowe em um drama impresso em Frankfurt em 1587. De acordo com a peça, Gregorius Faustus, ou Gregorius Sabellicus Fautus Junior (c 1480-1510/1), estudou teologia em Wittenberg, mas, arrogante e superficial, e desejando conhecer todas as coisas na terra e nos céus, recorreu à magia e invocou o Demônio. O Demo lhe aparece, com o nome de Mefistófeles e faz com ele um trato: concorda em ser seu criado por 24 anos, porém com direito à sua alma. O contrato é selado com o sangue de Fausto, que daí em diante tem uma vida de maravilhosas aventuras. Mas, ao final do prazo, é levado pelo demônio e seu corpo sem vida é encontrado na calha do esgoto público.
Goethe deu ao seu “Fausto” um final diferente, permitindo que ele fosse salvo. A segunda parte, com um tema algo diverso, foi publicada mais tarde em 1832.
No início do mesmo ano da publicação da primeira parte do “Fausto”, 1808, Goethe começou a escrever Der Wahlverwandtschaften (“Afinidades eletivas”), que terminaria ao final do ano seguinte. Este romance está centrado na análise moral e psicológica do jogo de atratividade e repulsa entre casais ligados por atrações inevitáveis e trata da explosão da paixão em um mundo cuja ordem é por demais frágil para suportar essa invasão. Fala de afinidades magnéticas animais que atrairiam os seres humanos entre si do mesmo modo que os elementos químicos. Nele Goethe considera o matrimônio uma “síntese de impossibilidades”. O livro é contemporâneo de seu amor por Minna Herzlieb, uma jovem de dezoito anos, inspirado pelo amor a Minna Herzlieb, filha adotiva de seus amigos Frommann, livreiros em Jena, sendo ele sessentão. A obra foi considerada imoral e levantou protestos.
Na ocasião fez também uma incursão pela ciência, marcada por uma infeliz teoria da luz, que ele propôs na obra Zur Farbenlehre (“Teoria das cores” – 1810), ignorando as descobertas de Newton, e também por suas idéias sobre a “metamorfose das plantas”, contida no seu Die Metamorphose der Pftanzen Zu Erklaren, de 1790, muito criticada pelos botânicos. Entre suas últimas obras conta-se sua autobiografia, Dichtung und Wahrheit (“Poesia e Verdade”), de 1811.
Christiane, sua mulher, veio a falecer em 1816, e no ano seguinte ele deixou a direção do Teatro de Weimar, ano em que também seu filho se casa.. De 1816 a 1817 publicou Italianische Reise, I-II (“Viagem à Itália”), já referido.
Em 1819, quando namora Mariana Von Willemer, jovem de 18 anos, mulher de seu amigo Von Willemer, escreveu West-östlicher Divan (“Divã do Leste e Oeste”-1819). Essa obra, impregnada de formas e imagens orientais, não foi idéia original de Goethe, pois inspirou-se na versão dos poemas persas de Hafiz, traduzidos por Joseph, Barão von Hammer-Purgstall (1774-1856), um renomado orientalista e diplomata austríaco mais jovem que ele. No mesmo ano publicou também Trilogie der Lindenschuaf.
Em 1823, Goethe tem um secretário, Jean-Pierre Eckermann, que irá auxiliá-lo na escrita e revisão de seus trabalhos em seus nove últimos anos de atividade.
Uma última paixão pela jovem Ulrique von Levetzow marca seu final de vida e lhe inspira l’Élégie de Marienbad, enquanto também trabalha a obra de maior fôlego, Wilhelm Meisters Wanderjahre oder Die Entsagenden (“Os anos de viagem de Wilhelm Meister ou os Renunciantes”) escrita de 1821 a 1829, na qual aborda o tema da busca de uma ordem de vida que englobasse as diferenças individuais, mas que haveria de requerer para isto um certo grau de sacrifício e de renuncia.
Em 1830, perdeu seu filho único, August, que lhe deixou três netos.
Goethe continuou criativo até seus últimos anos. Em 1832 é conhecida a segunda parte do Fausto. Mefistófeles leva Fausto à corte e ambos salvam o império da falência. O imperador exige, como prova das artes mágicas de Fausto, que ele faça aparecer Helena e Paris, figuras da mitologia grega. Fausto realiza a proeza, mas desmaia ao tentar abraçar Helena. Juntamente com seu ex-criado, que havia conseguido produzir um homem artificial, o. Homúnculos, segue para a Grécia, à procura de Helena. Na Grécia o Homúnculos deseja adquirir proporções normais e, aconselhado por Proteus, que que tem o poder de tudo transformar, mergulha no mar, porém nas águas se transforma em luz fosforescente. Fausto encontra Helena e fogem para se casar em um castelo medieval. Com ela Fausto tem um filho, mas Helena volta ao reino das sombras. Fausto apoia o imperador que está ameaçado por uma revolta e, com a ajuda de Mefistófeles, vence o inimigo. Como recompensa recebe terras e almeja uma vida tranquila. Porém tem que lutar contra quatro mulheres que representam a Culpa, a Carência, a Preocupação e a Necessidade. Não consegue vencer a Preocupação, que o atinge e o cega. Morre desejando uma sobrevida espiritual e, por essa sua fé, os anjos salvam sua alma e Mefistófeles perde o jogo.
Em 1832, a 22 de março, Goethe veio a falecer em sua casa, em Weimar.
Rubem Queiroz Cobra
Página lançada em 24-01-2003.
Direitos reservados.
Para citar este texto: Cobra, Rubem Q. – NOTAS: Vultos e episódios da Época Contemporânea. Site www.cobra.pages.nom.br, Internet, Brasília, 2003.