Hoje: 24-11-2024
Página escrita por Rubem Queiroz Cobra
Site original: www.cobra.pages.nom.br
Henry More nasceu em 1614, em Grantham, Lincolnshire, faleceu a 1 de setembro, 1687, em Cambridge, Cambridgeshire, poeta e filósofo da religião cuja afinidade pela metafísica de Platão o coloca entre os grupo de pensadores conhecidos como Platonistas de Cambridge.
Educado como calvinista, More tornou-se um anglicano na juventude. No Christ’s Colege, em Cambridge, ele encontrou platonistas como Edward Fowler e John Worthington e ficou sob influencia de Joseph Mead (ou Mede), o místico que escreveu Clavis Apocalyptica (1627; A chave para o Apocalipse”). Em 1639 ele foi eleito para uma bolsa em Cambridge. Entre seus alunos estava Lady Anne Conway, cujo entusiasmo religioso influenciou More e sob cuja solicitação ele depois escreveu “Conjectura Cabalística” (1653).
Em contacto estreito com os principais filósofos e cientista de seu tempo More gradualmente abandonou sua admiração pelo pensamento do racionalista francês René Descartes, o qual separou espírito e matéria, e veio a ver o naturalismo mecanicista e ateísmo como um resultado inevitável da filosofia cartesiana. Em sua correspondência de 1648-49, publicada como The Immortality of the Soul (“A Imortalidade da Alma ” – 1659) e no seu mais importante trabalho metafísico, Enchiridion Metaphysicum (1671), More argumentou contra o ceticismo de Descartes e manteve seus próprias pontos de vista espiritualistas. Em um modo similar, ele buscou refutar a pretensão do filósofo inglês Thomas Hobbes de que o teísmo é impossível porque a mente humana não pode conhecer uma substância imaterial.
A primeira poesia de More, escrita em um estilo afim ao do lírico inglês Edmund Spenser, tratava de matéria metafísica e incluía quadros satíricos da religião puritana, contra a qual ele havia se rebelado. Seus pontos de vista religiosos, mais claramente expostos em An Explanation of the Grand Mystery of Godliness (1660) e Divine Dialogues (1668), centrados na sua ideia que “Não há choque verdadeiro absolutamente entre um ponto genuíno do Cristianismo e o que a verdadeira filosofia ou razão correta determina ou aceita”. Seus escritos éticos incluem Enchiridion Ethicum (1667); seu trabalho An Antidote against Atheism (1652) está curiosamente devotada, em grande parte, a estorias de bruxas e fantasmas. Sua poesia está publicada no Complete Poems of Henry More (1878) de Älexander Balloch Grosart. Trechos de seus escritos filosóficos aparecem em Philosophical Writings of Henry More (1925) de Flora Isabel MacKinnon.
Rubem Queiroz Cobra
Página lançada em 1997.
Direitos reservados.
Para citar este texto: Cobra, Rubem Queiroz – FILOSOFIA MODERNA: Resumos Biográficos. Site www.cobra.pages.nom.br, INTERNET, Brasília, 1997.