Hoje: 23-11-2024
Página escrita por Rubem Queiroz Cobra
Site original: www.cobra.pages.nom.br
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Faca. Utensílio de corte indispensável à mesa em uma variedade de situações em que o alimento não é servido em porções de tamanho adequado ao comer (carnes), ou em que o alimento precisa ser separado de partes não comestíveis (frango, peixe, frutas, etc.), ou ainda na aplicação de coberturas cremosas (manteiga, marmelada, etc.) à superfície de alimentos sólidos (pães, batatas cozidas, etc.). Para esses diferentes usos, varia a forma da lâmina: plana e lisa, plana e serreada, ponta aguda ou arredondada. Varia também o tamanho e o perfil transversal, reto na maioria dos modelos, porém quebrado em um pequeno degrau e semelhante a uma espátula, na faca para comer peixe.
NOTA. Ao ser passada por alguém a outra pessoa, a faca é apresentada com o cabo voltado para quem a recebe, recomendação que se aplica a todo talher.
Faca-de-frutas. Faca de aço inoxidável de corte curvo, própria para descascar e cortar frutas.
Faca-de-mesa. Utensílio de corte indispensável à mesa em uma variedade de situações em que o alimento não é servido em porções de tamanho adequado ao comer (carnes), ou em que precisa ser separado de partes não comestíveis (frango, peixe, frutas, etc.), ou ainda na aplicação de coberturas cremosas (manteiga, marmelada, etc.) à superfície de alimentos sólidos (pães, batatas cozidas, etc.). Para esses diferentes usos, varia a forma da lâmina: plana e lisa, plana e serreada, ponta aguda ou arredondada. Varia também o tamanho e o perfil transversal, reto na maioria dos modelos, porém quebrado em um pequeno degrau e semelhante a uma espátula, na faca para comer peixe.
NOTA. Como mostra a Fig. 57, no aparelhamento da mesa a faca de mesa é colocada no lado direito do prato, com o corte voltado para ele. Ao ser passada por uma pessoa a outra, é apresentada com o cabo voltado para aquela que a recebe, recomendação que se aplica a todo talher.
Faca-de-pão. Permite que os pães, inclusive os mais crocantes, sejam mais fáceis de fatiar, sem formar uma pilha de migalhas. É útil também para cortar bolos delicados e massas folhadas, Fig. 1.
Faca-de-queijo. Tem dois pequenos dentes na ponta, que facilitam capturar a fatia cortada, Fig. 2.
Faca-de-trinchar. Tem lâmina mais larga e longa, e um cabo mais robusto que o da faca de mesa. É usada para cortar fatias de uma peça inteira de carne em uma bandeja à mesa ou no espeto do churrasco.
Faiança. Cerâmica esmaltada mais espessa e menos nobre que a porcelana. Pratos e canecos decorativos ou de uso diário são geralmente em faiança.
Falecimento. Os rituais ligados ao falecimento de uma pessoa diferem entre os povos, mas uma coisa paira acima dessas variações devidas à cultura e às religiões. É geral a norma de se buscar confortar de algum modo as pessoas que perdem um parente próximo ou um amigo, ou nações que perdem um cidadão emérito Na medida do possível, visita-se o local do velório, assiste-se à cerimônia religiosa ou cívica, assina-se o livro de presença se houver, e conforta-se com no mínimo um aperto de mão aquele que representar a parte enlutada. Não sendo possível esse comparecimento, envia-se uma mensagem que pode ser um cartão, um telegrama, ou uma carta, em que se expressa a condolência, que significa solidariedade na dor. A coroa de flores em geral é enviada por um grupo de pessoas, ou por uma família amiga, quer compareçam ou não aos funerais. Buquês ou ramalhetes são levados pessoalmente para serem depositados sobre o túmulo, ao final da cerimônia.
Família. V.p.f. a página Boas Maneiras no lar.
Feijoada. Feijão cozido na água com gordura, pele e carne das patas do porco, ao qual se acrescenta temperos que incluem a folha de louro.
NOTA: Prato reservado aos fins de semana, principalmente os sábados, porque sua digestão lenta o torna inadequado para os dias de trabalho.
Festa. Evento social informal para fim de divertimento, marcado por alegria, júbilo, regozijo; festa muito animada; festa de arromba; festão, festança. Dará uma festa no seu dia de aniversário. Festa tem um significado coletivo, quando se refere a um conjunto de cerimônias com que se celebra ou com que se comemora qualquer acontecimento como em Festa do Natal, reunindo ceia, celebração da missa do galo, amigo oculto, almoço de Natal, etc. Festa da cumeeira. Na liturgia, festa em honra de Santo Antônio. De festa deriva festival, acontecimento artístico para mostra de grandes realizações concorrentes a prêmios, como o festival de cinema de Brasília, etc.
Fim-de-semana. Aquele que recebe o convite para um fim de semana está exposto a um desafio bem maior que o convidado a uma visita ligeira. Para um fim de semana com uma família amiga, em um sítio, casa de praia ou cidade histórica, p. ex., é necessário organizar a bagagem de acordo com as prováveis atividades. O convidado não leva ninguém consigo, além de sua própria família, usualmente incluída em um convite dessa natureza. Deve dizer quantas pessoas são e quantos filhos de um e outro sexo, informação importante para o apresto das acomodações. Deve também levar algum agrado para os anfitriões. Eles devem ser consultados se aceitam alguma colaboração para sua hospedagem ou para uma festa que esteja programada. Esta consulta é feita com muito tato, pois é rude presumir que haverá falta de alguma coisa na casa ou na mesa do anfitrião, mas uma ajuda em algum item poderá ser bem vinda. No dia seguinte ao fim de semana o convidado agradece aos anfitriões pela hospedagem e o entretenimento. O agradecimento pode ser feito por telefone, se os anfitriões são parentes ou amigos, mas deve ser um agradecimento escrito quando o convite vem de uma pessoa com a qual o relacionamento do convidado é formal, ou se chegou a ele por inclusão, através de amigos dos anfitriões.
NOTA. Se a pessoa convidada tiver, por coincidência, um hóspede, ou alguém que está sob sua responsabilidade, ou um novo relacionamento ainda desconhecido de quem a convida, deve pedir desculpas por não poder comparecer, e dar a razão. Havendo acomodações suficientes, o anfitrião poderá estender o convite para mais esse acompanhante.
Flambar. Modo de tostar e introduzir o sabor e o aroma de uma bebida alcoólica em carnes, crepes e alguns tipos de sobremesa, mediante chama acesa sobre o alimento previamente frito ou cozido. Utiliza-se uma frigideira aquecida sobre um fogão ou fogareiro. A bebida é derramada sobre o alimento a ser flambado em dose conforme a receita, e em seguida a chama é acesa com um fósforo de palito comprido.
NOTA. As bebidas mais usadas são rum, uísque, conhaque, gim e cachaça para pratos salgados, e licores para doces. O fogo deve consumir toda a bebida derramada. O risco de incêndio ou explosão precisa ser evitado. Não se deixa a garrafa da bebida próxima do local da flambagem, nem se adiciona dela à quantidade que já está queimando. Também não se move o fogareiro durante a operação nem se leva um prato em chamas de um lugar para outro.
Flores. Arranjos florais, coroas e cestas de flores são para oferta em situações formais, por ocasião de funerais, ou como parte da decoração em eventos e cerimônias como casamentos, etc. Buquês e ramalhetes são para oferta pessoal, por ocasião de um jantar íntimo, oferecidos pelo convidado à anfitriã, ou à aniversariante. Cravos são usados na lapela, em ocasiões especiais como um casamento, pelos noivos e seus pais, e um pequeno buquê é levado pela noiva.
NOTA. Um par de flores pode ser levado pelo convidado a um jantar, para ofertá-las à anfitriã. Porém, tratado-se de um buquê, deve mandar entregar em sua residência na parte da tarde, para que ela possa dispô-las previamente em um vaso, sem ter que se ocupar disso no momento do jantar.
Fondue. V.p.f. a página Fondue.
Frutas. V.p.f. Como se come.
Frutos-do-mar. Na culinária, este é o nome que se dá à generalidade dos moluscos e crustáceos de consumo alimentar. Incluem-se abalones, camarões, caranguejos, lagostas, lulas, mexilhões, ostras, siris, vieiras, almeijoas, etc. V. tb. Como se come.
Fumar. Deve-se observar as disposições legais sobre fumar em geral. Está vetada qualquer das modalidades de uso dos fumantes – cigarros, charutos e cachimbos – em ambientes fechados em que estejam pessoas que não fumam, e nos restaurantes. Locais especiais são colocados à sua disposição, onde podem fazer uso do cigarro e das outras modalidades, inclusive sem preocupações de etiqueta. Um homem nunca deve saudar uma senhora conservando na boca o charuto, o cigarro ou o cachimbo.
Futebol. Tem não apenas a sua ética profissional, como também a sua etiqueta a ser respeitada entre os que o praticam. Quanto aos que vão ao campo assistir às partidas, cabe-lhes observar as mesmas normas básicas da assistência a um espetáculo. Porém, o futebol é um meio de expressão das massas, organizadas em “torcidas”, dispostas a viver no estádio o máximo de alegria e de expansão do seu Ego. Isto parece exigir o máximo de liberação em gritos, fogos, cornetas e apitos, e a máxima agitação corporal possível, individual ou em ondas coletivas. O torcedor deve lembrar-se do respeito aos demais espectadores, e não incomodar fisicamente os vizinhos nas arquibancadas ou cadeiras e ocupar apenas o espaço que lhe cabe; não se atrasar e entrar após o início do espetáculo, evitar palavrões em respeito a crianças e senhoras eventualmente presentes, vestir e suportar o calor de pelo menos uma camiseta, além da bermuda; respeitar os assentos marcados e dar uma colaboração enfática para a manutenção da limpeza dos sanitários e arquibancada que ocupar.
NOTA: Há também um Protocolo a observar, quando uma autoridade nacional ou estrangeira está presente, se o jogo é precedido de alguma cerimônia ou uma homenagem, e inclusive no momento em que são cantados hinos nacionais.
2001/2009
R.Q.Cobra
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Para citar este texto: Cobra, Rubem Q. – Verbetes de Boas Maneiras e Etiqueta. Site www.cobra.pages.nom.br, INTERNET, Brasília, 2001/09.