Hoje: 21-12-2024
Página escrita por Rubem Queiroz Cobra
Site original: www.cobra.pages.nom.br
Levantar-se. Todos devem dar imediata atenção a uma pessoa importante que entra no ambiente do evento social. Para isso é necessário estar “alerta”, enquanto não se entende que todos os convidados já estão presentes. À entrada de uma pessoa importante, todos, exceto as senhoras, devem se por de pé e cada um aguardará a vez de ser por ela saudado, ou lhe ser apresentado. Uma senhora nunca se levanta, quando é apresentada a outra senhora ou a um senhor, fazendo-o somente quando a pessoa a quem é apresentada é de tal categoria, que a isso obriga. Por exemplo: um chefe de Estado, um sacerdote de alta hierarquia ou uma senhora muito mais idosa. As solteiras jovens e as adolescentes devem levantar-se para cumprimentar.
No restaurante. É boa norma cumprimentar de longe, quando o conhecimento não é mais íntimo. Quando a aproximação é inevitável, os homens da mesa levantam-se para cumprimentar, a senhora ou o senhor. Esta ou este deve pedir que todos voltem a sentar-se. Quando em um jantar uma senhora se levanta, todos os homens devem fazer o mesmo, repetindo o gesto quando ela regressar. Sendo um jantar grande, essa obrigação fica limitada aos vizinhos da direita e da esquerda.
Precedência. A questão da precedência já foi vista, quanto à iniciativa nas apresentações, e será importante também em muitos outros tópicos. Ela consiste principalmente em dar passagem, dar entrada, ceder a vez, às pessoas mais importantes. Se, porém, a pessoa mais importante recusa a precedência e quer que a outra, menos importante, a preceda, esta última não precisa repetir o gesto. Depois de oferecer a precedência uma vez, se ela for recusada, deve passar à frente dizendo de forma respeitosa: “Com licença, obrigado(a)!”. Havendo outra oportunidade a primeira pessoa provavelmente aceitará a precedência ao primeiro gesto.
É uma cena comum, à porta de um elevador, o ritual do “tenha a bondade, entre primeiro”. Essa troca de gentilezas costuma levar a um impasse em que, para resolve-lo, um dos envolvidos praticamente empurra o outro para dentro, à sua frente. Mesmo entre pessoas iguais, essa deferência é louvável, porém basta que seja apenas um leve gesto, e a insistência é perfeitamente dispensável.
Rubem Queiroz Cobra
Página lançada em 00-00-2001.
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Para citar este texto: Cobra, Rubem Q. – Deferências. Site www.cobra.pages.nom.br, Internet, Brasília, 2001.