Hoje: 23-11-2024
Página escrita por Rubem Queiroz Cobra
Site original: www.cobra.pages.nom.br
Sua construção e manutenção é obrigação da entidade publica ou privada responsável por locais em que o público é atendido ou convidado a comparecer. Sabão, papel higiênico e toalhas de papel fazem parte indispensável do atendimento, que deve ter a vigilância de um zelador-de-limpeza, um empregado bem consciente de sua responsabilidade pelo funcionamento e manutenção da limpeza, e provimento do material de consumo, para que nada falte.
O maior problema desses locais é a ignorância e preguiça de seu administrador. Mesmo quando o Reitor de uma universidade é tido na conta de sábio e competente, visitando um dos banheiros do campus você vai saber o que exatamente ele é. É muito provável que os banheiros masculinos estejam inundados de urina, os cantos cheios de papel usado, a louça do vasos arranhada e suja pelos sapatos de quem os utiliza subindo sobre suas bordas, e as torneiras da pia e dos mictórios sem a coroa de abrir e fechar.
O leitor talvez possa ajudar a mudar a situação se, ainda que não esteja necessitando usá-lo, fizer uma visita ao banheiro do shopping onde faz suas compras. Se estiver mal cuidado e sem zelador presente, então telefone para a saúde pública. Faça uma visita também ao banheiro do Supermercado, para saber se pode confiar na peixaria, na padaria e nas verduras desse estabelecimento.
Bares e restaurantes à beira da estrada não têm medo da fiscalização porque os seus clientes estão de passagem e vão para longe. Na verdade eles poderiam ser denunciados por telefone ao departamento próprio da polícia rodoviária.
Uso do banheiro público. Ao usá-los, as pessoas devem ter o mesmo cuidado e lembrar-se dos outros que também irão usá-lo, tal como fariam em suas próprias casas. Mas, o estado em que esses banheiros andam, nas Rodoviárias, nos Supermercados, nas Universidades, Escolas públicas, e em muitos cinemas, bares e restaurantes – principalmente pela ausência do zelador-de-limpeza – faz que o usuário adote certos procedimentos de defesa. Então recorre a posições acrobáticas para evitar o contacto com qualquer peça no banheiro, e não quer tocar sequer no botão ou alavanca de descarga. Mas há uma solução fácil. Quem o utiliza poderá usar um pedaço de papel para abrir a torneira da pia ou apertar o botão de descarga sem tocar diretamente no metal.
Se há um mínimo de limpeza no banheiro, pode inclusive forrar com uma faixa de papel higiênico o assento do vaso e utilizá-lo com mais conforto. É preciso atenção, porém, para não exagerar no uso do papel, deixando pouco ou nenhum para quem vier depois, provocando entupimento do vaso.. Se o rolo de papel estiver para acabar, será louvável avisar o zelador-de-limpeza ou o gerente, a fim de que seja reposto.
Os proprietários de bares, hotéis, teatros, etc. costumam pedir às pessoas para não jogarem papel no vaso. Porém, se há papel higiênico para ser usado, a pessoa deve usá-lo na quantidade suficiente para sua higiene e não se deixar influenciar pelo aviso “não jogar papel no vaso”, porque ele é indevido. Um vaso com descarga deve ser construído dentro das normas técnicas respectivas, para que a descarga de água leve o material orgânico e o papel usado, desde que seja papel higiênico. Este se dissolve na água na mesma proporção que as fezes normais, e portanto não há porque separar o papel usado e colocá-lo em uma sexta de lixo ao lado. Esta cesta não é para papel higiênico mas sim para algum material insolúvel como tubos vazios, envelopes de pílulas, cotonetes, certos artigos da higiene feminina, etc. Apenas se usado em excesso e com desperdício o papel higiênico entupirá o vaso, tal como acontecerá também com uma massa fecal abundante e ressecada.
Porém, onde os padrões de construção não obedecem às normas técnicas, um vaso de privada não funciona corretamente e deixa de sugar todo o material como deveria.(V.p.f. a página O banheiro).
Quem encontra um banheiro sujo, com o botão ou alavanca de descarga que não funciona, ou faltando água, papel higiênico, pia e sabão para lavar as mãos, não deve reclamar com o proprietário: isto jamais funciona, e o queixoso correrá o risco de sofrer um desacato. Mas estará fazendo um bem à comunidade se telefonar para o Serviço de Fiscalização da Prefeitura, e denunciar a irregularidade. O número desse telefone deve estar afixado, por Lei, de modo bem visível no interior do banheiro e se não estiver, é mais uma irregularidade a comunicar.
Rubem Queiroz Cobra
Página lançada em 00-00-2000.
Direitos reservados.
Para citar este texto: Cobra, Rubem Q. – Higiene em banheiros públicos. Site www.cobra.pages.nom.br, INTERNET, Brasília, 2000.