Hoje: 21-11-2024
Página escrita por Rubem Queiroz Cobra
Site original: www.cobra.pages.nom.br
Recepções de homenagem. Na grande celebração que é o casamento, inserem-se vários eventos compreendendo jantares, festas de despedida, etc., além da recepção do casamento propriamente. As mais importantes são os jantares de homenagem oferecidos por amigos, e o coquetel, almoço ou jantar que constitui a recepção principal.
Nas proximidades do casamento amigos mais chegados podem homenagear os noivos promovendo jantares e coquetéis em suas casas, em um clube, ou em uma ala de um restaurante ou mesmo todo o salão reservado para um jantar ou almoço. Os amigos dos pais dos noivos poderão desejar fazer uma homenagem ao casal por ocasião do matrimônio, e isto é geralmente feito nos dias da semana que antecede as bodas. Estas homenagens são eventos que integram a celebração do casamento, assim como as despedidas de solteiro(a) que os amigos e colegas promovem para um dos noivos. Modelos de convite
Brindes. Nas celebrações – jantares comemorativos ou de homenagem, festas de noivado, etc. – os brindes são praticamente obrigatórios. Não são discursos, porque são breves, mas podem ser precedidos de um discurso e funcionar como fecho de palavras de elogios, curtas biografias, breve história de um empreendimento ou de um projeto, conforme for o motivo da celebração. Neste caso, quando terminar a parte discursiva, diga. “Amigos”, ou “Senhoras e Senhores” e prossiga: “agora vos convido a encherem os seus cálices (dê tempo a que o façam), levantarem-se (espere que a maioria esteja de pé) e beber comigo um brinde aos noivos (nomes), pela sua felicidade na vida matrimonial que aspiram e que se prometem. Saúde e muitas Felicidades!”.
Brindes devem ser feitos apenas após a chegada dos convidados principais, ou da maioria deles estando presente o convidado de honra.
Há uma escala de precedência para brindes e discursos, que segue o protocolo. Deve falar primeiro o anfitrião. Após ele, fala o mais importante de seus amigos e só então fala o convidado de honra, seguido de quem mais queira se manifestar. Se o anfitrião nada diz , assim que os pratos da refeição principal forem removidos (antes do início da sobremesa) qualquer um que deseje pode solicitar a atenção dos convidados e propor o brinde.
Aquele que vai brindar fica de pé e, após ter chegado ao ponto do brinde, convida os demais convivas a se porem também de pé. Não havendo esse convite – o qual geralmente não é feito nas cerimônias íntimas -, todos os demais podem permanecer sentados e, terminado o discurso do brinde, apenas erguerem a taça antes de beber. Não é necessário que se toquem as taças em recepções de cerimônia, estas são apenas erguidas na direção daquele que propõe o brinde, ou na direção do(s) homenageado(s), se for o caso. Nas celebrações íntimas
A pessoa que é brindada não se levanta nem bebe no momento em que os demais bebem em sua honra. Pode depois pôr-se de pé e agradecer com algumas palavras, ou, se é uma pessoa idosa, simplesmente inclinar a cabeça em agradecimento, voltando-se na direção de quem a saudou e das pessoas em ambos os extremos da mesa.
O discurso do brinde é geralmente breve. Na verdade, um brinde de cinco minutos já é muito. Um exemplo muito simples: Erguendo-se de seu assento, e no momento oportuno, “Desejo propor um brinde em homenagem ao casal X e Y, augurando-lhes uma vida matrimonial sempre favorecida pela Providência com plena felicidade e a realização de suas mais altas aspirações. Saúde!” Enquanto falar, divida seu olhar entre o homenageado e os demais convivas.
Brindes e discursos descontraem os convivas quando são feitos em linguagem simples e objetiva, e são bem humorados – algumas pessoas têm especial talento para introduzir uma anedota no contexto de suas palavras – desde que não sejam demasiado longos. Ao contrário, se fatos tristes são lembrados, o ambiente torna-se pesado e o brinde ao final fica bastante sem graça.
Se você faz um almoço especial para comemorar as boas notas de seus filhos na escola, não levante um brinde “às boas notas” mas um brinde ao Joãozinho, pelas boas notas que teve, porque o brinde é em honra de pessoas, e não de coisas ou fatos.
Discursos são peças mais complexas, e que exigem a observância de um protocolo para sua abertura, tal como citar pessoas gradas e autoridades presentes, na devida ordem de precedência, etc. No caso do brinde isto é dispensável, e aquele que vai propor o brinde pode começar apenas com um pedido de atenção a todos os presentes, inclusive com o som do toque de um talher em um copo de cristal.
Ao falar em público a pessoa deve de antemão saber como vai terminar seu discurso; precisa ter um fecho decorado, caso contrário ficará sem saber como concluir e poderá ficar completamente embaraçado, precisando que alguém a socorra pronunciado o encerramento em seu lugar.
Champanhe. Vinho espumante. É a bebida das comemorações, a bebida da alegria por excelência. A champanhe é festiva desde o momento em que é aberta, com o pipocar da rolha. O prazer de abrir uma garrafa de champanhe porém sofre algumas restrições. A descontração que existe em um encontro informal, numa festa íntima, na comemoração de um aniversário em casa, permitem o pequeno espetáculo quase pirotécnico, mas não as reuniões formais. Não se deve deixar que a rolha escape ruidosamente, quando se trata de uma reunião grandemente séria, em que as regras da etiqueta precisam ser seguidas à risca. Porém, como o comportamento e o trajeto de uma rolha de garrafa de champanhe são imprevisíveis (pode teimar em não sair, como, ao contrário, pipocar logo que se distorce o arame), é prudente, nos dois casos, apontar a garrafa para onde nem coisas nem pessoas sejam fuziladas pela rolha. Se o objetivo é fazê-la saltar, empurre a rolha com o polegar, rolando a garrafa; se o objetivo é conter a rolha, cubra-a com a mão esquerda e procure girar a garrafa com a direita (ao mesmo tempo que a mantém a rolha comprimida contra a garrafa), deixando-a escapar sob controle.
É conveniente sempre tocar a garrafa de champanhe de leve e não agitar nem um pouco o líquido, para não formar espuma e aumentar a pressão interna. Como esse cuidado pode não ser bastante, é conveniente ter um guardanapo de pano e um copo junto à garrafa para contornar algum acidente em caso de escapar líquido ou espuma ao abrir. Envolver a garrafa em um guardanapo ou toalha para abri-la pode diminuir a firmeza necessária para a operação, se a pessoa não estiver muito treinada para fazê-la.
Abrir uma garrafa de champanhe é tarefa ainda considerada masculina, e por essa razão, em um evento em que se deseje emprestar ao champanhe especial destaque, o convidado de honra pode esperar ser solicitado a abri-la e, não havendo garçons nem estando presente o marido da anfitriã, deve mesmo oferecer-se para fazê-lo.
Para a escolha do champanhe (espumante) aplica-se o mesmo que para a escolha dos vinhos. Porém, existe menos champanhe no mercado que vinhos, por isso algumas marcas ficaram conhecidas há muitos anos. No Brasil: George Aubert, Peterlongo, entre outras. Essas marcas mantêm o rótulo de champanhe, com certeza pagando direitos de marca aos franceses que ganharam a exclusividade de uso do nome champagne.
Rubem Queiroz Cobra
Página lançada em 02-10-2003.
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Para citar este texto: Cobra, Rubem Q. – Recepções de Homenagem e Brindes. Site www.cobra.pages.nom.br, Internet, Brasília, 2003.