Hoje: 21-11-2024
Página escrita por Rubem Queiroz Cobra
Site original: www.cobra.pages.nom.br
Visita a um templo de outra religião, proselitismo entre colegas de trabalho, e lidar com restrições impostas por convenções religiosas criam situações especiais para a prática de Boas maneiras e Etiqueta.
Exageros. Uma pessoa religiosa e entusiasmada com sua fé costuma dar testemunho dela sem medir a impropriedade de suas manifestações principalmente no ambiente de trabalho. Certamente não pertence a Boas Maneiras tentar, com insistência e superioridade, converter os colegas à sua religião, estar a fazer citações amiudadas da Bíblia, cantarolar hinos, ou convidar todos a se darem as mãos para rezarem juntos antes do expediente. Expressões como “Se Deus quiser”, “Deus te abençoe”, “Deus de proteja”, “Graças a Deus”, e outras semelhantes se tornam vazias devido a automatização viciosa.
A pessoa que se sente compelida a louvar a Deus a cada minuto, não deve fazê-lo com proclamações a todos, mas no seu íntimo. Oferecer imagens ou ícones a protestantes, judeus ou muçulmanos pode ser considerado proselitismo indesejável e até ofensivo, por desconsiderar flagrantemente a norma de se respeitar a crença alheia, o que também exige do ateu não se empenhar em levantar dúvidas na mente de um crente, motivando, entre ambos, preconceito e distanciamento.
Abstenções. Fieis de algumas denominações protestantes não tocam em café, chá ou álcool. Muçulmanos não comem carne de porco ou seus derivados; comem a carne de aves e de gado apenas quando esses animais são abatidos de acordo com um ritual especial. Ao convidar, deve-se respeitar essas particularidades.
Visitantes. Aquele que, levado por alguma circunstância especial, visita um templo de outra religião deve informar-se sobre a participação de visitantes na cerimônia que assistirá e de como deverá comportar-se, p. ex., quanto ao uso de véus, o modo de saudação entre os participantes, o tratamento para com o oficiante, etc.
O estranho deve acompanhar os fieis em tudo que sua própria religião aceita ou tolera. Quanto ao que for contrario à sua própria crença, pode abster-se, mas deve mostrar sempre uma expressão de humildade e respeito – preferencialmente de cabeça baixa –, sem observar ostensivamente o ato do qual não participa ativamente. Um judeu que assiste a uma cerimônia católica inclina a cabeça em sinal de respeito enquanto os católicos fazem o sinal da cruz, embora ele próprio não o faça. Porém, quando a comunidade se põe de joelhos, ele deve ajoelhar também, pois isto é tolerável para sua religião e não ofende o seu credo, e apenas não é uma de suas práticas. O mesmo fará o católico em uma sinagoga, quanto a tudo que não ofender os seus dogmas de fé.
O bom relacionamento entre fieis de credos diferentes mantém-se mesmo em situações delicadas como no casamento de noivos de religiões antagônicas, se procedimentos sensatos, que evitem ferir suscetibilidades, forem previamente estudados e solucionados.
Cerimônias ecumênicas. Em cerimônias públicas como inauguração de um negócio, abertura de uma loja, etc. deve-se proferir orações ecumênicas, que mencionem exclusivamente a Deus, sem referências a Santos e Profetas, ou a fatos ligados a apenas um dos credos representados no encontro. A oração que é proferida diante de pessoas de credos diferente não pode assumir nenhuma tendência religiosa, mas ser proferida em termos aceitáveis por todos.
Casamento inter-religioso. Casamentos entre fieis de religiões diferentes enfrentam hoje menos resistências que a meio século atrás. Podem ser realizadas duas cerimônias, ou uma cerimônia única, celebrada conjuntamente pelos ministros da religião do noivo e da noiva. Neste último caso o local do casamento costuma ser o templo da religião da noiva, devido à tradição da recepção do casamento ser responsabilidade da sua família. Decidir qual procedimento será adotado e obter em tempo as autorizações eclesiásticas pertinentes deve ser a primeira preocupação dos noivos no planejamento do seu casamento. O assunto e apresentado com maior detalhe em Casamento religioso
Padrinhos de batizado. Na cerimônia do batizado, os padrinhos precisam ser informados da igreja ou templo, e do horário previsto. O encontro deles com a criança e os pais na maioria das vezes e no próprio templo. Batizados mais solenes em horário especial requer indumentária melhor escolhida, não tão esmerada quanto um casamento a noite, porque os batizados são em geral pela manha e a tarde. Os padrinhos precisam ser orientados sobre o que deverão fazer, e as respostas que eles deverão dar durante a prece batismal. Outros aspectos relativos a Boas Maneiras e Etiqueta coloquei na minha pagina Batizado.
Pagamento de serviços. Inúmeros serviços religiosos nas igrejas cristãs devem ser pagos ao oficiante. Casamentos podem ter taxas fixas, relativas ao uso do templo, e tradicionalmente se dá uma gratificação ao celebrante. Nos demais serviços não taxados, espera-se uma contribuição voluntária quando há gastos por parte da Igreja tais como iluminação, limpeza, ou o deslocamento do sacerdote, quando o serviço religioso é prestado em residência, salão de um clube, etc. A bênção de uma residência, a celebração de uma missa, são em geral deixadas a critério da pessoa e esta pode saber de um funcionário do Templo qual a contribuição que em geral é oferecida ao celebrante em tais casos. Os serviços religiosos ortodoxos são em geral os mais dispendiosos, devido à maior pompa da sua liturgia, inclusive quando se trata da simples bênção de uma residência.
É boa norma de boa educação não fazer críticas jocosas a respeito da religião do outro. Boas maneiras recomendariam ainda mais: que se evitem certos assuntos que são perigosos de resvalarem para o preconceito.
É um desastre para um evento social a presença de pessoas que se consideram apóstolos e pretendem que estão ali para converter infiéis atraindo-os com convites para encontros religiosos. No entanto, será natural que um convidado se interesse em manter com outro uma troca de informações a nível cultural, sobre particularidades da religião de um e de outro.
O fiel de uma religião é sensível ao tom pejorativo ou preconceituoso com que alguém, de outra crença, aborda certos assuntos respeitantes à sua fé. Ao conversar sobre religião com alguém de outra crença, deve-se evitar assuntos que possam ser entendidos com sentido pejorativo, preconceituoso ou discriminatório. Considerando o respeito à autoestima do outro como preocupação fundamental de Boas Maneiras, deve-se evitar assuntos que signifiquem a intenção de diminuir o outro, desmerecendo sua religião. A pessoa que estiver curiosa sobre a religião do outro poderá indagar dele quais os dogmas ou aspectos da sua religião ele considera os mais positivos, e escutar com atenção a sua explicação. Ouvi-lo pode ser a oportunidade para aumentar sua própria cultura e a sua compreensão dos povos.
Os católicos se sentem embaraçados se lhes falam da Inquisição, pela qual o Papa João Paulo II pediu perdão em público na passagem do milênio da Era Comum. Deve-se evitar também falar da sua veneração às imagens e do celibato dos padres. Não perguntar aos ortodoxos porque não reconhecem a validade dos sacramentos católicos, já que a Igreja Católica reconhece, desde o Concílio Vaticano II, os da Igreja ortodoxa. Com os Protestantes, que também fizeram vítimas com sua própria Inquisição, evitar este assunto e também não comentar a grande quantidade de seitas e a variedade de denominações em que o Protestantismo se divide. Não perguntar aos judeus porque, afinal, mataram a Cristo, ou que coisa é “sionismo”, ou se a circuncisão é obrigatória. Com os muçulmanos, que igualmente praticam a circuncisão (embora mais por tradição que pela religião), também evitar esse assunto. Não comentar a posição das mulheres no mundo islâmico, um tema próprio mais para conferências feministas e não para um encontro social ou conversa em uma festa. A permanente Guerra Santa para exterminar os infiéis e a extração do clitóris das meninas são assuntos a evitar. Os muçulmanos mais esclarecidos explicam esses fatos como distorções da doutrina original que vigoram em comunidades retrógradas, e que não podem ser apresentadas como conceitos religiosos autênticos.
Grupos jovens que prestam ajuda à paróquia tocando e cantando no templo precisam de uma orientação do ministro quanto à intensidade do som, e a qualidade das músicas.
Grupos de jovens cantores e instrumentistas que prestam ajuda às paróquias e que por isso merecem todo o reconhecimento dos paroquianos, precisam de uma orientação do ministro quanto ao repertório de músicas , e também quanto à intensidade do som . Costumam cantar com toda a potência de suas vozes, e dão preferência a músicas extremamente barulhentas, o que é uma tendência natural nos jovens.
A musica, quando faz parte de uma cerimônia, é poderosa o bastante para impor ao evento um caráter em consonância com suas notas e o seu ritmo. A música impõe respeito, causa alegria ou causa tristeza; a música convida à reflexão, ou é sensual e induz paixão e permissividade.
Sem dúvida a música que chamo “sensual-devocional” – conhecida como gospel – está bem a propósito para cantar um alegre e ruidoso “Aleluia!”. Os ritmos sensuais – com letras devocionais–, parece-me que foram introduzidos na Igreja Católica pela corrente “progressista” e são, já há algumas décadas, aceitos com naturalidade por boa parte dos sacerdotes católicos (e muito antes já eram moda nas igrejas dos pretos americanos).
O aspecto de Boas Maneiras aqui é que tais músicas são tocadas em intensidade muito alta – para além dos 120 decibéis –, e levam a assistência a se agitar e acompanhar seu ritmo com remelexos das pernas e dos quadris, e acenos com os braços. Essa agitação devocional está, também, muito de acordo com outros artigos da sensualidade como roupas sumárias, carícias e beijos, e distrações como conversas particulares, ou a todo instante refazer o penteado, como vejo nas missas do domingo.
A beleza da musica exige moderação das vozes e do som dos instrumento; e o sistema de som deve ser ajustado nos graves e agudos diferentemente para a música e para a pregação, e tudo com intensidade permitida por Lei.
Na mais concorrida igreja do Lago Sul, a intensidade do som medida por mim, utilizando-me de dois decibelímetros (um com mais precisão para 0 a100, e outro mais preciso para 50 a 130 decibéis) foi, para o templo vazio, 20 a 30 decibéis (background local). Para o burburinho dos fieis antes da missa, 70 a 80 decibéis. Para os cantos durante a celebração, 100 a 110 decibéis. Para a prédica, 80 a 90, com piques de 100. O canto final, 110 a 120, com alguns picos de 124 decibéis. A medida foi tomada no último banco a mais ou menos 3 metros do último alto-falante suspenso.
Em outro templo do mesmo bairro, o badalar do sino ouvido de dentro da igreja ficou entre 90 e 100 decibéis; o burburinho das conversas antes da missa, entre 70 e 80; os cantos durante a missa, 90 a 100 decibéis com picos de 104. O povo respondendo às orações, intensidade média de 90 decibéis; o canto final variando em torno de 100, com picos de 104 decibéis. A medição foi feia na mesma posição da anterior (pesquisas em agosto e setembro de 2012).
O decibel equivale a 1/10 de um bel, que é a unidade para medir a intensidade do som. “Bel” corresponde ao nome do cientista americano Alexander Graham Bell, inventor do telefone.
A norma NBR 10152/1987 da ABNT – Agência Brasileira de Normas Técnicas – fixa os níveis de ruído compatíveis com o conforto acústico em ambientes diversos. Essa Norma estabelece para “Igrejas e Templos (Cultos meditativos)” 40 a no máximo 50 decibéis. No Site da UNEP – UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “Júlio de Mesquita Filho” (http://wwwp.feb.unesp.br/jcandido/acustica/textos.htm) encontra-se a tabela reproduzida abaixo, referente a um ambiente acústico insalubre:
REAÇÕES FISIOLÓGICAS CORRELACIONADAS COM NÍVEIS DE RUÍDO AMBIENTE
AMBIENTE ACÚSTICO | REAÇÕES FISIOLÓGICAS | |||
CLASSI- FICAÇÃO |
Ruído dB(A) | LIMITES | EXEMPLOS | |
Insalubre | 70 |
Nível máximo em áreas industriais (NBR 10151). |
Voz de professor ministrando aulas. Ruas tráfego bem intenso até 1000 veículos/hora. Nível de fala poluída por ruído e inteligibilidade limite. |
Estresse degenerativa – infarto e anestesia por endomorfina. Início de problemas nas cordas vocais. Início de alteração no % de infarto. Liberação da morfina endógena. |
75 |
Ruído de uma máquina de escrever. Ruído de automóveis. |
Limite para início de problemas auditivos permanentes. |
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80 |
Limite de exposição de trabalhadores de alguns países (Europa) sem proteção. |
Ruído em ruas de trânsito intenso. Ruído em ambientes industriais. Ruído nos arredores de aeroportos. |
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85 |
Limite do Ministério do Trabalho para Jornada de 8 horas. |
Nível de aspiradores de pó. Nível do toque do telefone. Nível de ruído do metrô. |
Início da perda de audição induzida por ruído (PAIR), segundo o MTb. |
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90 |
Limite do Ministério do Trabalho para jornada de 4 horas. |
Nível médio em discotecas. |
Nível limite para atividades de lazer, com exposição de 4 h. |
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100 |
Limite do Ministério do Trabalho para jornada de 1 hora. |
Nível de buzinas de carros, orquestras e de ônibus barulhentos. |
Aumento de 50% de colesterol livre e 31% de cortisol. |
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110 |
Nível de uma serra circular. Buzina de ar comprimido. |
Alto incômodo com o ruído. |
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115 |
Limite do Ministério do Trabalho para ruído sem proteção. |
Avião (não a jato) a 4 metros. |
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120 |
Limite do MTB para exposição de impacto sem proteção proteção. |
Interior de caldeiraria Trovão forte. |
Surdez neural, lesão das células ciliadas. |
|
125 |
Nível de um martelete pneumático. |
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130 |
Limite do MTB para exposição a ruído de impacto sem proteção |
Avião a jato em voo. |
Limiar de dor. |
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140 |
Risco de PAIR de impacto |
Avião a jato (4 motores) a 6 metros. Ruído de sirene industrial |
(Divulgação do MT) |
Embora seguir seu código litúrgico seja a maior preocupação do clérigo, certos aspectos fora da liturgia, que se relacionam a Boas Maneiras podem ser legitimamente criticados pelos fieis.
Os fieis de qualquer religião têm sua obrigação de demonstrar estima e inexcedível consideração. pelos clérigos de sua Igreja. Infelizmente, porém, quase todas as paróquias têm em sua história registros de desentendimento e insatisfação dos leigos, tendo como resultado a remoção de ministros e sacerdotes, por iniciativa deles próprios ou por pressão da comunidade. Além desses mais graves, há muitos casos de querelas entre acólitos, entre membros de irmandades, entre religiosas e suas superioras, etc.
Obviamente, não se pode buscar apenas na falta de polidez e educação as causas desses desentendimentos. Há causas as mais variadas. Procuro limitar-me a aquilo que possa pertencer legitimamente ao campo de Boas Maneiras e Etiqueta.
E – ainda obviamente –, não escrevo para sacerdotes, rabinos ou ministros de elevada erudição, porque quando se trata de religiosos educados em excelentes seminários, a nível universitário e pós-universitário, eles com certeza possuem conhecimentos que incluem os aspectos envolvidos no bom relacionamento social.
Mas existem aqueles pastores e religiosos que saíram do meio do povo menos culto, e cujo preparo não inclui mais que a leitura e a interpretação dos livros sagrados de sua religião. Com certeza, lições de Boas Maneiras e Etiqueta lhes serão muito úteis, para que possam também por essa forma angariar a simpatia e admiração de seus seguidores. Vão abaixo algumas notas, específicas em relação ao comportamento dos clérigos – adicionais às generalidades apresentadas acima dirigidas aos leigos. Cabe ao clérigo demonstrar:
- Interesse pela qualidade do ambiente no que diz respeito ao conforto dos fieis. Coordenação das tarefas de manutenção do templo, garantindo sua limpeza, a conservação do mobiliário, e uma boa ventilação;
- Iluminar as áreas ao redor do templo, cuidar da manutenção de um jardim, criar um estacionamento, e construir uma via de acesso até a porta principal, para o motorista deixar ou apanhar passageiros idosos ou deficientes;
- Empenho em proporcionar aos paroquianos todos os serviços religiosos inclusive os que não são propriamente litúrgicos como, por exemplo, reunir-se com padrinhos às vésperas de um batizado, ensaiar o ritual do casamento com os nubentes e demais figurantes; ou a orientar um cerimonialista pago pelos noivos para essa tarefa;
- Dar qualidade literária a suas prédicas, e trabalhar para desenvolver os seus temas para além da simples e monótona repetição das palavras do evangelho e das leituras feitas na celebração. Evitar os surrados chavões de condenação dos fieis, que recheiam os sermões medíocres;
- Não utilizar ficção, teatro, recursos de retórica ou quaisquer meios com a finalidade de provocar exageros emocionais, histeria e manifestações de fanatismo entre os fieis;
- Evitar que as cerimônias e eventos realizados no Templo sejam barulhentos. Estarem atentos com respeito ao funcionamento do som, acertá-lo para níveis moderados, e providenciar a troca dos equipamentos quando necessário.
- Na homilia, deve levar em conta de que pregar no interior do templo não pode ser como se pregassem para uma multidão em uma praça ou em um descampado, e dar à voz estabilidade e altura moderada, sem exagerarem em “vivas” e palmas, o que causaria desconforto aos fieis.
- Usar normalmente os sinos da igreja apenas em horário diurno, porem sem abuso de decibéis, e silenciá-los ou reduzir ao mínimo sua intensidade no horário noturno;
- Conseguir, principalmente para as celebrações mais concorridas, que um voluntário esteja à entrada do templo para dar orientação aos fieis, distribuir mais rapidamente os folhetos de leitura e canto, encaminhá-los para assentos ainda vagos quando o templo estiver repleto, ajudar os pais em dificuldade com uma criança, dar informações e toda atenção que possa despertar nos fieis alegria pela consideração que recebem;
- Cumprir os horários; não reter os fieis com prolongamentos desnecessários do ritual, do sermão, dos avisos, etc.;
- Ensinar a adultos e crianças, através de palestras ou em notas inseridas nos sermões, o comportamento na Igreja e em suas dependências, colocando avisos permanentes nos locais adequados sobre os itens a serem observados;
- Dispensar atenção às crianças através de um programa integrado que as entretenha e lhes dê familiaridade e gosto em frequentar o templo, e facilite os pais a presença ao culto;
- Não pressionar um membro da comunidade a ter participação social ou financeira maior que aquela que ele desejar prestar;
- Manter a transparência em relação à provisão de recursos feita pelos fieis e as despesas do templo. Não desviar recursos para finalidades fora dos interesses da sua circunscrição, sem que haja conhecimento e consentimento dos fieis a respeito;
- Não se identificar com grupos de poder , corrente política ou elite financeira na comunidade, criando nos mais humildes o temor de abordá-lo e o hábito de cumprimentá-lo à distância;
- Conversar com cada indivíduo considerando seu nível cultural e respeitando seu nível de entendimento;
- Empenhar-se junto às autoridades por melhorias nas condições de vida da comunidade, principalmente em benefício dos mais pobres e das minorias sociais.
Rubem Queiroz Cobra
Página lançada em 03-11-2006.
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Para citar este texto: Cobra, Rubem Q. – Religião: Tolerância Religiosa. Site www.cobra.pages.nom.br, Internet, Brasília, 2006.