Hoje: 03-12-2024
Página escrita por Rubem Queiroz Cobra
Site original: www.cobra.pages.nom.br
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Lagosta. V.p.f. Como se come.
Lancha. V.p.f. a página Cruzeiros marítimos.
Laranja. V.p.f. Como se come.
Lembrancinha. Um pequeno doce ou bala de origem mediterrânea, é constituído de um núcleo de amêndoa, chocolate ou um doce seco cristalizado, recoberto de um esmalte de açúcar cristalizado. É símbolo de boa sorte e felicidade. O esmalte esterno é de colorido variado, em geral escolhido conforme a cor própria da comemoração em que o confete será oferecido. São oferecidos em um saquinho de seda (na cor própria do festejo) envolvida em gaze, com um laço de fita à qual é preso um pequeno cartão com dados alusivos à festividade que chamado “cartão da lembrancinha”. É tradição que sejam cinco em cada saquinho, simbolizando saúde, riqueza, vida longa, fertilidade e felicidade. O mesmo que confetti ou confete.
NOTA: Tradicionalmente são brancos os confetes na recepção de casamento, na primeira comunhão e na crisma e verdes em festa de noivado. São azuis ou rosa no batismo, e geralmente vermelhos nas festas de formatura, e multicoloridos nas de festas de aniversário. Para as festas de aniversário de casamento (bodas) a cor varia conforme o número de anos que se comemora. São por muitos guardados como recordação do evento. Sua duração, se conservados em local fresco e seco, é indeterminada; mal conservados, podem desenvolver fungos. O cartãozinho da lembrancinha deve conter: Batizado: nome da criança e data do nascimento; Primeira comunhão e crisma: nome da criança e data de cerimônia; Casamento: nome dos esposos e data do casamento; Aniversário de casamento: nome do casal, data do casamento e data da comemoração; Formatura ou aniversário: nome do homenageado e data do evento.
Lembrete. Em Boas Maneiras, um contacto ou comunicação escrita conhecida pela expressão francesa pour memoir, feita com a finalidade de recordar ao convidado seu compromisso de comparecimento a um evento.
NOTA: É recomendável a troca de lembretes entre os anfitriões e os convidados, com respeito ao convite. O esquecimento é bastante comum, no caso de jantares informais entre pessoas muito ocupadas. O convidado deve tomar a iniciativa de fazer um lembrete por telefone a quem o convidou, no mesmo dia do evento, porém com boa antecedência de horas, para assegurar-se de que não ocorreu nenhum imprevisto, o anfitrião não esqueceu o convite, e a data está correta. Esse cuidado pode evitar decepções de um lado ou aprontos de urgência bastante desagradáveis, do outro.
Lenços. Peça de pano, de uso pessoal, bordado com as iniciais do dono. Geralmente de cambraia são, no uso informal, substituídos por lenços de papel. Em caso de necessidade, não tendo ao seu alcance um lenço de papel, a pessoa procura incontinente o banheiro.
NOTA. Por ser para uso pessoal, não se pede a outro um lenço por empréstimo, embora se possa aceitar o que é oferecido em um momento de emergência.
Lenço-molhado. Artigo de higiene consistindo de uma folha resistente de papel, ou peça de paninho fino, do tamanho de um guardanapo, embebida em água perfumada, acrescida de um potente germicida, mantida em um recipiente de plástico impermeável. À mesa, substitui a tigelinha de lavanda e é colocado ao lado dos talheres. Fora da mesa de refeições, tem ainda outras utilidades como limpar e refrescar o rosto e as mãos. É de uso comum no serviço de bordo de ônibus e aviões.
NOTA. No ônibus e no avião, o lenço-molhado pode ser utilizado antes de uma refeição, para ter as mãos limpas ao comer e, devido a conter um potente germicida, pode ser reutilizado para limpar os dedos ao final, se necessário.
Leque. Objeto leve e pequeno usado para abanar, feito de uma folha sanfonada de papel resistente, pintada com um motivo artístico, e colada sobre finas hastes de madeira unidas por um eixo em uma ponta e livres na outra. O eixo permite que sejam abertas radialmente para esticar a folha em uma meia circunferência Fig.L-1. Seguro com a mão junto ao eixo, e agitado para um lado e outro, o leque gera um vento que refresca o rosto de quem o utiliza. Até a metade do século XX, era visto não apenas como um objeto útil contra o calor, mas também um acessório elegante e romântico, com o qual a mulher dissimuladamente sinalizava para encorajar ou desencorajar seus admiradores. Sin.: abanico.
NOTA. Artístico e elegante, o leque tornou-se menos comum depois que a tecnologia permitiu o ar condicionado em praticamente todos os ambientes. Porém ainda é usado por muitas mulheres em igrejas e teatros que não contam com esse recurso, ou onde, devido ao grande número de pessoas, os aparelhos não são suficientes para aliviar o calor na época quente do ano. Chamado pelos espanhóis de abanico, é um dos objetos mais vendidos nas lojas da Plaza Mayor, em Madri.
Levedura. Cultura, de bactérias e fungos, responsável pela fermentação do suco das uvas na elaboração do vinho. Sem levedura não existe fermentação, sem fermentação não há vinho. As leveduras se incorporam na massa do mosto no momento do prensado, transformando o açúcar do mosto principalmente em álcool etílico e gás carbônico. O fungo responsável pela fermentação mais comum é o Saccharomyces cerevisiae.
Licor de Cacau. V.p.f. Aperitivos, coquetéis e licores.
Licores. V.p.f. Aperitivos, coquetéis e licores.
Louça-de-mesa. Uma refeição formal e completa utilizará tantos pratos de louça quanto os pratos de comida incluídos no cardápio. São os pratos planos, para o primeiro e segundo pratos, e o prato fundo, para a sopa, além dos acessórios como o pratinho de pão, e o prato de sobremesa ou o pratinho de serviço das taças de sobremesa. Em uma refeição formal se inclui entre a louça o prato de serviço ou sous-plat (mas este também poderá ser de prata), o qual fica sob todos os pratos do curso da refeição e é retirado junto com o do prato principal. A sopeira e as travessas são outras peças costumeiramente de louça ou prata.
Lula. Molusco de coloração amarelada com zonas avermelhadas; tipo de polvo comum no Atlântico. Muda de cor para camuflagem. Tem corpo alongado, com tentáculos triangulares providos de ventosas no extremo oposto à cabeça. Sua carne é muito estimada.
NOTA. Ambos são da classe Cefalopoda. O polvo possui oito tentáculos iguais e a lula dez tentáculos, dois deles maiores que os demais, no animal macho. No polvo os tentáculos são mais longos, em relação ao tamanho do corpo.
Luvas. Comum no sul do país, e também quando se viaja a países frios. O homem retira a luva da mão direita para cumprimentar a outro homem ou a uma mulher, salvo em local aberto e debaixo de muito frio. Porém, tira-a obrigatoriamente para cumprimentar estando em local fechado como um escritório, casa ou restaurante. Uma senhora, particularmente na rua, tendo que estender a mão, tem a faculdade de tirar ou não a luva. Tira-a obrigatoriamente se encontra com outras senhoras. Indo visitar, a senhora tira a luva e a entrega junto com sua bolsa e seu capote à quem deva guardá-los para ela até o final da visita.
NOTA. A mulher remove suas luvas se está numa linha de cumprimentos. e para comer e beber. São de quatro tamanhos diferentes: 1. luvas extra-longas, que vão além do cotovelo, às vezes chamadas “luvas de Ópera”; 2. luvas longas, que vão até o cotovelo; 3. luvas de tamanho clássico, que são um pouco longas, mas não alcançam o cotovelo; e 4. luvas curtas que cobrem somente até o pulso.
2001/2009
R.Q.Cobra
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Para citar este texto: Cobra, Rubem Q. – Verbetes de Boas Maneiras e Etiqueta. Site www.cobra.pages.nom.br, Internet, Brasília, 20001/09.