Viagem: Transporte

Hoje: 21-11-2024

Página escrita por Rubem Queiroz Cobra
Site original: www.cobra.pages.nom.br

Viagem aérea, embarque. As companhias aéreas têm o direito de substituir o cliente que não comparece com a antecedência exigida. Evita-se o dissabor de ter o lugar ocupado por outro passageiro, apresentando-se cedo para o embarque. Se o passageiro cumpre corretamente sua parte, a companhia irá compensá-lo ou indenizá-lo caso não possa viajar por erro da empresa (p. ex., venda de passagens além da cota: as empresas costumam fazer isso calculando que alguns passageiros deixam de se apresentar em tempo). Os passageiros que necessitam de ajuda por qualquer motivo – inclusive crianças pequenas, menores desacompanhados ou idosos – são chamados em primeiro lugar. Para o retorno, é importante o passageiro lembrar-se de confirmar a volta, telefonando ou se apresentando no balcão da companhia na cidade em que estiver, principalmente em caso de viagem internacional.

Há sempre um funcionário na área de checar, para orientar e ajudar os passageiros, inclusive examinar a situação dos que chegam atrasados. É importante verificar e respeitar as determinações da companhia aérea sobre o peso e o volume da bagagem.

Viagem aérea, atenções. Na sala de espera para embarque, não se ocupa mais que o próprio assento, e a bagagem de mão é colocada no chão ou na mesinha ao lado, entre os assentos. No interior da aeronave não se deve pisar no assento para ganhar altura e lidar com os volumes no compartimento para bagagens acima das poltronas; se for de pouca estatura, a pessoa pede a ajuda de alguém mais alto ou ao comissário. Se costuma dormir na viagem, ao fazer sua reserva deve pedir um assento que não seja junto ao corredor para que o vizinho passe para o corredor ou retorne ao seu lugar sem constrangimento. Outro cuidado é o de não reclinar a poltrona bruscamente, pois o encosto poderá atingir a pessoa que está atrás. O espaço entre os assentos é exíguo, e se esbarrar, ou empurrar a poltrona à sua frente, o passageiro estará incomodando o seu ocupante, e se mover-se muito, incomodará o passageiro que está ao seu lado. O descanso para o braço entre poltronas deve ser compartilhado com o passageiro ao lado. Auxilie, sempre que necessário, a comissária a passar uma bandeja, copo ou xícara para quem está mais distante do corredor. Ao se servir, use com propriedade os utensílios, sem esquecer de abrir o guardanapo sobre o colo para aparar migalhas que sujariam a roupa, o assento ou o chão. Não fale alto no celular.

Devido aos abusos de certos passageiros que teimam em ocupar todo o compartimento para volumes, forçando para seu interior grossas sacolas que deveriam ter despachado como carga, as companhias vêm fiscalizando mais de perto o volume e o peso das bagagens de mão.

Fig. 1

Viagem aérea, assento numerado. Os aviões marcam as fileiras de assento com números e as poltronas com letras, e em cada fileira de assentos, assinalam em ordem, “A” junto à janela esquerda, e a última letra ao lado da janela à direita de quem olha para a cabine de comando, Fig. 1.

Até que se familiarize com o a numeração dos assentos no avião o passageiro deve, ao entrar,  consultar a comissária ou o comissário que estão à entrada recebendo os passageiros. Os números não estão pregados nos assentos mas sim no friso da base do compartimento de bagagem. É no compartimento com o número do seu assento que ele colocará sua valise de mão, dispondo-a com cuidado para deixar espaço livre para os outros que se assentarão na mesma fileira.

Aeroportos de destino. Em viagens internacionais de avião, é preciso levar em consideração o trabalho que terão para recebe-lo em um aeroporto muito distante, e tentar uma conexão doméstica no país para onde vai, que o leve a um aeroporto doméstico mais próximo da cidade, como é o caso da escolha entre Guarulhos e Congonhas, em São Paulo, Malpensa e Linate, em Milão, Dulles e Metropolitan, em Washington, Antônio Carlos Jobim e Santos Dumont, no Rio, Newark ou Kennedy e La Guardia, em Nova York, Confins e Pampulha, em Belo Horizonte, etc.

No caso de Milão, como exemplo, um voo para Lisboa, Madri ou Roma permitirá a baldeação para um voo europeu que pousará na cidade e não a uma hora de carro distante dela. O viajante estará, então, assumindo o desconforto da troca de avião para evitar um longo percurso a quem deverá aguardá-lo no destino.

Fig. 2

Viagem de ônibus. A marcação dos assentos nos ônibus não utiliza letras, nem é seriada, mas contínua. Difere, portanto, da marcação de assentos dos teatros e dos aviões. O número “1” está junto à janela logo atrás do motorista, e o número “3” à janela próxima da porta, de modo que, na mesma fileira, os números “2” e “4” ficam no corredor. A Fig. 2 é o piso elevado de um ônibus de turismo.

Viagem de trem, vagão panorâmico. Nos trens de longo percurso não raro existe, além do vagão restaurante, também o vagão panorâmico. No vagão panorâmico não se deve demorar em demasia, porque muitas outras pessoas poderão estar aguardando a vez de ocuparem um dos seus assentos. Portanto, se estiver com todos os assentos junto à janela ocupados, ler jornal ou revista ali poderá representar grande desconsideração aos demais passageiros.

Refeições. No avião e no trem, não se pede nada especial ou diferente da comida programada para ser servida porque não haverá como atender. Os lanches e as refeições não são preparados a bordo, são embarcados nos pontos de origem. Por isso, em aviões, se deseja uma refeição de acordo com sua dieta, o passageiro precisa especificar isto ao fazer a reserva. No vagão restaurante de um trem observam-se as mesmas normas que nos restaurantes comuns, mas as refeições são mais limitadas em quantidade e variedade. Nos trens, gratifica-se o garçom com o mesmo percentual que se dá nos restaurantes em geral. Nas viagens de ônibus pode-se contar com as paradas, geralmente feitas nos melhores restaurantes da linha. Aqui o cuidado deve ser com o prazo que o motorista anuncia para o almoço, e não se fazer esperar.

Rubem Queiroz Cobra

Página lançada em 31-07-2009.

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Para citar este texto: Cobra, Rubem Q. – Viagem: transporte. Site www.cobra.pages.nom.br, INTERNET, Brasília, 2009.