Hoje: 22-12-2024
Página escrita por Rubem Queiroz Cobra
Site original: www.cobra.pages.nom.br
Era natural do Maranhão, onde nasceu em 1868. Foi aluno da Faculdade de Direito do Recife, Escola que centralizava os estudos de Direto no Nordeste atraindo alunos de todas as províncias do Norte e Nordeste, e onde foi aluno de seu mais notável mestre de então, Tobias Barreto.
Foi juiz de Direito no Estado do Rio de Janeiro e no interior do Espírito Santo, onde recolhe material para o romance Canaã, publicado em 1902.
Tornou-se diplomata. servindo nas representações brasileiras em vários países. Nos vinte anos dessa atividade, acompanhou com interesse os rumos da arte moderna, o que o levou a atuar na organização e a participar da Semana de Arte Moderna. Foi o orador que proferiu o discurso inaugural do evento, no dia 13 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo. Devido ao seu grande prestígio intelectual fez parte do grupo dos fundadores da Academia Brasileira de Letras: em 1897, apesar de até então não ter publicado nenhum livro. Em 1924, após proferir a conferência “O Espírito Moderno”, desligou-se da Academia e não exerce mais influência sobre o grupo dos modernistas, até seu falecimento a 26 de janeiro de 1931.
Graça Aranha é um autor cuja importância se deve a um único livro: Canaã, romance tecido em torno ao tema “ideia de Brasil”, narrando a vida numa colônia de imigrantes europeus no Espírito Santo, contexto que certamente conheceu no perído em que lá foi juiz. Os dois personagens, imigrantes alemães, tem visões opostas do pais que os acolhe, um considerando-o a “terra prometida” (Canaã) e o outro, que por influência do seu espírito de superioridade germânica, não se adapta à realidade brasileira.
Rubem Queiroz Cobra
Página lançada em 15-01-2011.
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Para citar este texto: Cobra, Rubem Q. – Graça Aranha. Site www.cobra.pages.nom.br, Internet, Brasília, 2011.