Hoje: 03-12-2024
Página escrita por Rubem Queiroz Cobra
Site original: www.cobra.pages.nom.br
É uma feliz coincidência que dois livros tenham sido lançados no Brasil quase simultaneamente. O primeiro – e que despertou interesse mundial –, é O Último Távora, de José Norton, um lançamento no Brasil da Editora Planeta. O outro, de interesse apenas regional e ainda pouco conhecido, é o Contribuição à Genealogia e História dos Távora no Brasil, de Maria José Távora.
De acordo com a informação sucinta que dão os editores de O Último Távora, José Norton é um economista que mantém, a par da sua vida profissional, um profundo interesse pela Arqueologia e pela História de Portugal. Um importante fruto desse interesse foi a biografia de um político português de grande expressão na história de seu País, o general Norton de Matos, governador de Angola e depois ministro das Colônias de Portugal, do qual é sobrinho-neto. Com a revolução Salazarista de 1926 o General tornou-se líder da resistência à ditadura. Sua vida política culminou na sua candidatura à presidência da República em 1948, quando os estorvos ao processo eleitoral colocados pelo governo obrigaram-no a desistir da disputa.
Em nosso esforço para saber um pouco mais a respeito do autor de O Último Távora descobrimos, por sua própria informação em uma cortês mensagem que nos enviou, que é primo do conhecido e respeitado genealogista e heraldista português Doutor Manuel Artur de Fraga Norton, 5.º Barão de São Roque.
Dr. Manuel Artur nós o conhecemos pessoalmente, desde a época de nossa pesquisa sobre Domingos Rodrigues Cobra no Arquivo da Torre do Tombo, em Lisboa, onde coincidiu de tomarmos cafezinhos juntos, e uma vez almoçamos no restaurante da Casa, a convite meu. Ele é o Autor de Dom Pedro Miguel de Almeida Portugal, livro que trata precisamente da família Alorna, na qual Dª. Leonor de Lorena e Távora, filha herdeira de Francisco Assis de Távora, havia se casado. O Barão é também autor de As armas da família van der Hagen (1990), família da qual descendem os “Silveira”, A heráldica em Portugal, de 2002. Como heraldista de reconhecido saber e senso estético, desenhou as Armas para muitos municípios de Portugal, e entidades como Câmaras municipais, cidades, Universidades, e outras entidades públicas e privadas inclusive de outros países.
Como se pode ver na página seguinte – calcada no livro do Dr. Manuel Artur Norton –, o Terceiro Marquês de Alorna, “o último Távora” segundo José Norton, foi neto pelo lado materno de Dª Leonor, porém seu nome não era apenas Dom Pedro, mas Dom Pedro José.
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O autor de O Último Távora, José Norton, esteve no Brasil na XX Bienal do Livro em São Paulo, e depois em Salvador. Deu várias entrevistas, nas quais não escondeu sua surpresa por encontrar no País tantos Távora. Assinalou ao Jornal de Notícias de Lisboa (25-08-2008) que, quando começou a investigar a vida do marquês de Alorna, não esperava encontrar tantas ligações com o Brasil. Em seu blog (*) comentou, a respeito dos Távora no Brasil: “Agora as pessoas vão perceber que o título “O Último Távora” é simbólico. Claro que ainda há Távoras, em Portugal, e agora ficamos a saber que também no Brasil. Que bonito, a nossa História, como não podia deixar de ser, anda de braço dado.”
(*) http://desunastidade.blogspot.com/2008_08_01_archive.html
Rubem Queiroz Cobra
Página lançada em 14-03-2009.
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Para citar este texto: Cobra, Rubem Q. – O Último Távora, de José Norton. Site www.cobra.pages.nom.br, Internet, Brasília, 2009.